O carro, uma Ferrari 612 Scaglietti vermelha, passou por uma placa na autoestrada onde era possível ler “Tion's Wheels, 30 km”. Sylvana Lör sentava-se no banco do carona, uma jovem mulher de cabelos longos escuros. Ela preferia estar dirigindo, mas seu mordomo e conselheiro Jofrey insistiu em tomar para si essa tarefa.

Há três dias Sylvana estava em sua mansão, na Califórnia, quando recebeu uma bela carta, toda em dourado e com letras rebuscadas, convidando-a para uma festa beneficente que se realizaria na cidade de Tion's Wheels, em prol da universidade local, a Tion's University.

Quando se é herdeira de uma multinacional petrolifera e uma das mulheres mais ricas dos Estados Unidos, é natural receber esse tipo de convite. Sylvana recusava a maioria deles, porém esse chamou a atenção da bilionária.

Sylvana perdera os pais quando era muito pequena em um acidente de carro, segundo os jornais. Porém suas memórias divergiam da notícia veiculada nos principais periódicos mundiais. Quando tinha seus cinco anos de idade, Sylvana vira seu pai e sua mãe sendo mortos por um estranho vulto numa rua deserta de Londres, enquanto retornavam de uma peça de teatro. A menina, sentada no banco de trás do carro, não sabia ao certo porque a criatura não a atacou, mas esse acontecimento mudou completamente sua vida.

Ela foi encontrada por policiais horas mais tarde em estado de choque dentro do carro, abraçada ao corpo dilacerado de sua mãe. Os policiais a levaram até sua avó materna, que morava na Inglaterra. Semanas depois ela e a avó mudaram-se para os Estados Unidos. Sylvana foi criada pela avó e por Jofrey, que na época já era o mordomo de confiança da família.

A menina frequentou muitos psicólogos que tentaram convencê-la que o vulto que vira era apenas imaginação – uma forma da mente infantil encarar a inexplicável perda dos pais. Não se pode dizer que não conseguiram, pois até mesmo Sylvana deixou de confiar em sua memória com o tempo

Quando tinha 16 anos, sua avó, já idosa, faleceu e deixou toda a fortuna da família Lör para Sylvana administrar. Sylvana teria uma vida confortável e normal, não fosse pela intervenção de Jofrey, que apresentou à sua nova mestra o hunters.com.

Para usuários não logados, o portal parecia apenas um discreto site com informações sobre temporadas de caça. Porém, depois de logar, ele mudava completamente. O portal funcionava como uma mistura de fórum e rede social para pessoas interessadas em assuntos sobrenaturais ou sem explicação. Lá se compartilhavam notícias sobre acontecimentos estranhos que os membros do portal investigavam e tentavam solucionar. Ele também funcionava como uma rede de contatos para especialistas de diversas áreas. Arqueólogos, ufólogos, especialistas em mitologia grega, egípcia e até mesmo físicos ofereciam seus serviços de consultoria para ajudar nas investigações.

Todos os membros eram anônimos, mas era fácil perceber que estavam infiltrados em todas as esferas da sociedade. Havia advogados, políticos, pesquisadores, líderes religiosos e até mesmo ex-astronautas entre os membros mais ativos do site.

Jofrey mostrou para Sylvana uma thread bastante antiga do portal, em que os caçadores discutiam a estranha morte do casal Lör em Londres. E a mais terrível lembrança de infância de bilionária foi confirmada. Realmente, não havia sido um defeito no freio que matara seus pais, e sim uma estranha criatura que os caçadores da época não conseguiram catalogar ou eliminar.

Desde então Sylvana se juntou ao hunters.com com a alcunha rw_sil e começou a ajudar nas investigações à distância, na segurança de sua confortável mansão. A bilionária desejava participar de uma investigação de campo, como os outros hunters faziam, mas ainda não havia surgido a oportunidade ideal.

E foram os correios que trouxeram a oportunidade. Tion's Wheels tinha um tópico próprio no hunters.com, recheado de estranhos boatos sobre a pequena cidade universitária. E era para lá que a bilionária se dirigia.

Session Report referente à segunda parte da sessão jogada dia 30/04/2011 e à primeira parte da sessão jogada dia 28/05/2011.

Curse of Crimson Throme
Edge of Anarchy (Parte 5 - Final)

Personagens Jogadores:



Aedran Bromathan (Fael)

Aasimar filho de um respeitado nobre de Korvosa. Seus pais prometeram à Serenrae que ele se tornaria um paladino quando completasse 18 anos. Trabalha na Guarda da Cidade e está em busca de seu irmão mais novo Eran, desaparecido há algumas semanas.

Dac Kien (Otávio)

Monge que quando criança fora raptado por Gaedren Lamm. Foi torturado por um dos capangas de Gaedren (a personagem Doralice). Conseguiu fugir e buscou abrigo em um monastério. Anos mais tarde volta a Korvosa em busca de vingança e justiça.

Doralice (Mariana)

Ladina humana que passou boa parte de sua infância e adolescência sendo obrigada a torturar crianças a mando de Gaedren. Conseguiu fugir e, depois de vários eventos, vive como mendiga nas ruas de Korvosa. Busca vingança a qualquer preço contra Gaedren.

Garreth Greyfell (Max)

Estudante de magia estrangeiro, Garreth mantinha contanto através de cartas com um amigo que estudava na Academae em Korvosa. Após um longo período sem receber cartas do amigo, Garreth obteve permissão de seu mestre e viajou até Korvosa para investigar o misterioso desaparecimento.

Gregory BrambleBottom (Stephan)

Alquimista humano que quando criança teve seus pais mortos por Gaedren. Foi adotado por gnomos que moravam no porto de Korvosa com quem aprendeu seus troques alquímicos. Hoje adulto busca trazer justiça ao assassino de sua família.

Liagoo (Zutto)

Monge Tian que nasceu em Korvosa. Tornou-se um dos gatunos a serviço de Gaedren quando criança. Foi resgatado do crime por um monge que o levou para Tian Xi, onde aprendeu sobre a cultura de seu povo. Voltou a Korvosa para deter as práticas hediondas de Gaedren.

Seymour Yevon (Dênis)

Meio-Elfo evocador herdeiro de ricos comerciantes de Alkenstar. Fora injustamente incriminado por assassinato, mas devido à falta de provas acabou inocentado. É mal visto pela alta-sociedade de Korvosa e deseja encontrar o verdadeiro culpado para reaver sua reputação.

Rogar (Renato)

Anão druida que está sempre acompanhado de seu fiel companheiro, um jovem tiranossauro. Foi o responsável pela expulsão de Rolth da Academae anos antes. Deseja capturar o necromante e fazê-lo pagar pelos terríveis crimes que pratica contra os animais em seus experimentos macabros.

Tellus Triton (Adilson)

Devoto de Pharasma, Tellus residia no Templo-Forte e trabalhava como vigia dos túmulos no Dead Warrens. Durante uma patrulha ajudou Doralice a enfrentar zumbis e acabou seguindo a ladina para fazê-la devolver um anel que roubara dos mortos.

NPCs Importantes:
  • Cressida Kroft: chefe da Guarda de Korvosa. Responsável por atribuir missões aos os heróis. 
  • Neolandus Kalepopolis: Castelão de Castelo Korvosa e chefe da Sable Company. Atualmente desaparecido.
  • Rainha Ileosa Arabasti: viúva do Rei Eodred II. Atual regente da Korvosa.
  • Sabina Merrin: conhecida como a melhor espadachim de Varisia. Guarda-costas da Rainha Ileosa e ex-aluna de Vencarlo.
  • Trinia Sabor: barda que fora acusada pela Rainha Ileosa de ser a responsável pela morte do Rei Eodred.
  • Vencarlo Orisini: respeitado professor de esgrima e conhecido opositor do governo de Korvosa.
  • Zellara: fantasma que assombra o Harrow Deck. Foi a responsável por reunir os heróis 

Parte 16 – Vreg, o derro necromante

Aedran, Liagoo, Gregory, Seymour, Rogar, Dac Kien e Garreth continuaram explorando os corredores do covil de Rolth. Eles voltaram por onde vieram e tomaram o outro caminho na bifurcação. Após seguirem por mais alguns metros, começaram a sentir um terrível fedor de carne apodrecida. Quanto mais se aproximavam da fonte do mau cheiro, mais difícil se tornava respirar. O cheiro pútrido preenchia completamente o ar e invadia a narina dos heróis, fazendo-os querer vomitar.

Enfim chegaram a uma galeria natural. Dentro dela uma cena grotesca os aguardava: vários pedaços de corpos humanoides espalhados e catalogados preenchiam completamente o chão e as paredes do recinto. Em meio a tanto horror era possível visualizar, sobre uma mesa no meio da sala, a cabeça de um jovem Shoanti. Repleta de pinturas tribais e com uma cicatriz. Lá estava a cabeça Gaekhen, o neto de Mil-Ossos.

Os heróis não queriam entrar na sala, então Seymour conjurou um macaco para realizar a tarefa de recuperar a cabeça em meio à pútrida coleção de corpos. Era possível visualizar duas outras saídas na sala, uma à oeste e outra ao norte. Ambas pareciam bem lacradas para impedir que o cheiro nauseante dos corpos em decomposição alcançasse o que quer que existisse do outro lado. Mesmo com os estômagos revirados, os heróis decidiram cruzar a sala e sairam pela porta oeste.

Ao atravessarem a porta, descobriram estar em uma biblioteca. Apesar de relativamente pequena, era repleta de livros sobre necromancia, pragas e anatomia humana. Gregory e Garreth resolveram procurar com mais cuidado e acabaram encontrando, além de alguns pergaminhos mágicos, um tomo de criação de golens semi-completo. Eles também levaram alguns dos livros que acharam mais úteis.

A busca na biblioteca também revelou uma passagem secreta. Novamente precisando agachar-se para poderem caminhar pelo túnel, os heróis seguiram até encontrar o laboratório de alquimia onde haviam enfrentado os derro. Os heróis voltaram até a sala onde encontraram a cabeça de Gaekhen e seguiram pela outra saída, ao norte.

Eles chegaram ao que aparentava serem os aposentos de Rolth. Uma cama simples e uma mesa preenchiam esta ampla sala escavada na terra. Eles buscaram por pertences que o necromante pudesse ter deixado, mas não encontraram nada de útil e resolveram seguir pela única saída, ao leste da sala. 

A sala ao lado era quase tão ampla como a anterior, e também era preenchida por uma cama e uma mesa, porém feitas para uma pessoa bem menor. Um tronco humano, repleto de pinturas tribais Shoanti e com um dos braços ainda preso, estava jogando em um dos cantos e movia-se de forma perturbadora.

Um derro, vestido com um estranho manto acinzentado e envolto por diversas proteções arcanas, flutuava vários metros acima do piso de terra do aposento. Assim que os heróis entraram na sala, a criatura os atacou, removendo esqueletos humanoides de seu manto e atirando-os sobre os heróis.

Aedran e Liagoo deram combate aos esqueletos conjurados pelo derro. Gregory atirou uma de suas bombas alquímicas na criatura, porém ela resvalou nas proteções arcanas do derro e acabou caindo no chão, sem atingir ninguém. Dac Kien tentou subir pelas paredes e saltar para atingir a criatura, mas o mago conseguiu evitar os golpes do monge apenas trocando de posição. Garreth disparou na criatura seu poderio arcano, mas não conseguiu feri-la com gravidade. Enquanto isso o derro disparava raios arcanos diversos nos heróis.

Seymour usou suas habilidades arcanas para aumentar o tamanho de Anima, seu eidolon. Usando seu longo braço, e com a ajuda de Knives – o pseudodragon que Liagoo libertara do Rei das Aranhas –,  Anima conseguiu agarrar o derro e puxá-lo para baixo. Agora ao alcance dos golpes de Aedran, Liagoo, Dac Kien e Rogar, a criatura foi facilmente derrotada.

Após amarem o inimigo, Garreth o interrogou em busca de mais informações sobre Rolth e os restos do garoto Shoanti. O derro, cujo nome revelou ser Vreg, contou ao mago que era um aprendiz do necromante e líder dos demais derro do covil. Ele não sabia onde o necromante estava, porém confirmou a história sobre o golem berserk preso na dispensa do laboratório de alquimia. Segundo Vreg, o outro braço de Gaekhen fazia parte do golem de carniça e as pernas do garoto haviam sido jogadas no lixão.

Os heróis encontraram entre os pertences de Vreg, além de alguns itens mágicos menores e poções, seu grimório que foi guardado pro Garreth. Rogar utilizou suas habilidades de druida para remover a energia necrótica que fazia o tronco de Gaekhen se mover. Com Vreg bem aprisionado e com metade do corpo recuperado, os heróis continuaram sua exploração pelo macabro covil de Rolth.

Parte 17 – Juntando os restos de Gaekhen

Após deixar Cabbagehead no templo de Serenrae – onde foi muito bem recebido pelos clérigos da Flor do Amanhecer – Doralice retornou até o Dead Warrens. Porém, enquanto atravessa os túmulos das famílias mais abastadas de Korvosa para poder chegar ao Potter’s Ward, zumbis se levantaram de seus túmulos e atacaram a ladina.

Enquanto lutava contra os mortos-vivos, utilizando seu chicote para derrubá-los e sua adaga para perfura-los, Doralice avistou Tellus Triton, o clérigo de Pharasma. Ao ver a ladina cercada por zumbis, o clérigo juntou-se a ela no combate. Canalizando energia positiva e esmagando os crânios com sua maça, o clérigo e a ladina derrotaram os zumbis.

Tellus era um dos clérigos de Pharasma responsável por proteger aquela região do cemitério contra vândalos e mortos-vivos. Ele estava em ronda pelo cemitério quando viu Doralice ser cercada pelos zumbis. Dora havia apanhado um anel de ouro da mão de um dos zumbis e Tellus tentou faze-la devolver a joia. Ela se recusou e começou a fugir e se esconder entre os túmulos, dirigindo-se até o Potter’s Ward para encontrar seus companheiros. O clérigo rastreou a ladina, conseguindo também chegar até o mausoléu guardado pelo gárgula sem cabeça.

Os demais heróis voltaram até o corredor dos crânios que cuspiam ácido e seguiram pelo caminho oeste, por onde ainda não haviam passado. Ao abrirem a porta ao sul do corredor, encontraram uma galeria escavada na pedra onde um derro utilizava stirges para remover o sangue de um cadáver aparentemente fresco. Ao ver os heróis, o derro abriu a gaiola onde outros stirges estavam presos e os instigou pra cima dos heróis.

Anima e Aedran, que estavam à frente do grupo, foram atacados pelos insetos que sugaram uma quantia considerável de sangue. Gregory utilizou uma de suas bombas alquímicas para explodir a maior parte dos insetos, que ainda se encontrava próxima à gaiola. Liagoo, Rogar e Dac Kien ajudaram Anima e Aedran a libertarem-se dos stirges. Vencidos os insetos, os heróis não tiveram dificuldades em capturar e amarar o derro.

Eles continuaram pela saída mais ao sul da galeria. Pela humidade e cheiro de corpos em decomposição, os heróis deduziram estar se dirigindo para o lixão, onde um Otyugh tratava de eliminar os restos dos experimentos de Rolth. Antes de entrarem na sala, os heróis tentaram dialogar com o monstro, oferecendo outros corpos em troca dos restos do garoto Shoanti, mas não obtiveram sucesso.

Quando finalmente chegaram ao lixão, além de um grande buraco na parede que provavelmente ligava o complexo ao esgoto de Korvosa, os heróis avistaram uma pilha de corpos e um Otyugh raivoso, que gritou “Comida quente!” assim que os viu. Apesar de forte, a aberração não ofereceu muita resistência e foi rapidamente derrotada pelos heróis. Gregory remexeu na pilha de corpos que o monstro degustava e encontrou duas pernas com pinturas tribais.

Os heróis seguiram pela outra saída da sala e chegaram numa ampla galeria. Espiando a sala furtivamente, os heróis avistaram três derro jogando um jogo perverso envolvendo cartas, facas e ratos vivos. Além da saída que levava até o lixão, existiam mais duas saídas na sala. Os heróis pretendiam barrar todas elas para impedir que os derro fugissem. Por isso Aedran saiu correndo pela sala, se direcionando a uma das saídas pra bloquear o caminho. Enquanto isso os demais heróis começaram a atacar as criaturas, que tentavam revidar com seus estranhos ganchos. 

Durante a batalha, entrando pela outra restante, apareceram Doralice e Tellus que se uniram aos heróis e ajudaram a enfrentar as criaturas. Depois de derrotadas, elas foram amaradas com os demais derro capturados até então.

Tellus e Dora contaram aos demais sobre o incidente com os zumbis no cemitério e sobre como o clérigo seguiu a ladina até o mausoléu tentado reaver o anel roubado. Tellus, depois de ter entrado no mausoléu e visto o estrago causado pelos heróis em sua primeira luta contra os esqueletos no ossuário, decidira investigar o local e saíra pela saída ao sul, por onde os heróis ainda não haviam passado. Doralice, temendo o que alguma coisa pudesse atacar o clérigo enquanto ele estava sozinho, seguira-o. Fora quando os dois ouviram o barulho da batalha e se juntaram aos demais heróis na batalha contra os derros.

Dora, mesmo a contra gosto, foi convencida pelos seus companheiros a devolver o anel ao clérigo. Garreth contou ao clérigo sobre o necromante e sobre tudo que já tinham feito desde que entraram no mausoléu. Ao saber da existência do golem de carniça, Tellus decidiu acompanhar os heróis para por fim a essa aberração.

Os heróis, bastante feridos de todos os combates anteriores, tiveram suas feridas curadas pelas preses de Tellus e as habilidades de Rogar. Depois seguiram até o laboratório de alquimia, onde o golem de carniça jazia trancado no armário barricado.

Anima, Liagoo e Aedran removeram todos os obstáculos e libertaram o golem de carniça. A criatura, formada por diversas partes em decomposição de corpos humanoides e animais, partiu pra cima dos heróis. O terrível odor que exalava era tão forte que deixou Liagoo e Anima fora de ação, nauseados. Doralice tentou derrubá-la com seu chicote, mas a criatura resistia às investidas da ladina. Aedran disparou poderosos golpes com sua espada e escudo, impedindo o golem de avançar sobre seus aliados, porém sem conseguir feri-lo gravemente.

Garreth, lembrando-se das fraquezas dos golens de carniça, utilizou o pergaminho de animar mortos-vivos que havia encontrado na biblioteca de Rolth. Os pedaços do golem começaram a se mover e agir contra a vontade da criatura, se autoflagelando por alguns segundos e ferindo-a profundamente. Fortalecidos pelas preces de Rogar e Tellus, os heróis continuaram atacando a criatura com seus golpes até conseguirem derrubá-la. O golpe final foi desferido por Garreth, com uma adaga.

Removendo o braço com pinturas tribais Shoanti do golem, os heróis reuniram todas as partes do Gaekhen. Eles decidiram voltar até a cidadela Volshyenek e entregar o corpo à Cressida. Antes passaram no Templo-Forte de Pharasma para pegar o T-rex de Rogar e deixar os derro capturados com os clérigos da Lady do Túmulos, pois o cemitério era jurisdição deles. Uma vez no templo, Tellus pediu permissão aos seus superiores para ir com os demais heróis a cidadela.

Korvosa estava estranhamente quieta. Era possível encontrar os sinais das revoltas e multidões raivosa que haviam se alastrado pelas ruas da cidade horas antes, mas quase todos os moradores já haviam voltado para suas casas.

Quando finalmente chegaram à cidadela, seguiram diretamente até Cressida. A marechal de campo ficou muito feliz ao ver que os heróis haviam resgato o corpo, mesmo que aos pedaços. Os agradeceu e lhes entregou uma gorda recompensa pelos seus serviços. Ela disse que os pedaços seriam remendados e entregados à Mil-Ossos em breve, e que mais uma vez os heróis haviam salvado Korvosa de uma terrível ameaça.

Quando os heróis se preparavam para deixar a sala de comando, Cressida lhes pede mais um favor. Pede para que eles compareçam, amanhã ao pôr-do-sol, no julgamento da assassina do rei, que seria realizado no Castelo Korvosa. Não entendendo a situação, os heróis perguntaram à Cressida quem era a assassina. Cressida então revela que Trinia Sabor – a barda que os heróis acreditavam ter salvo – fora capturada por Hellknights e levada até a rainha.

Parte 18 – O julgamento de Trinia Sabor


Atônitos, os heróis deixaram a sala de Cressida. Eles haviam escondido Trinia no templo de Serenrae para que ela não fosse pega pela multidão raivosa, porém se o que Cressida acabara de contar fosse verdade, os Hellknights tinham invadido o templo e raptado a pobre barda. Aedran, o recém ungido paladino de Serenrae, disparou a cavalo até o templo levando consigo Garreth. Rogar e Tellus, que não estavam envolvidos diretamente com Trinia, voltaram para suas residências prometendo assistir o julgamento da assassina no dia seguinte. Os demais heróis também se digiram até o templo, porém mais lentamente e tentando não chamar atenção.

Quando chegaram ao templo, Aedran e Garreth não notaram nada de diferente. Os hellknights não haviam invadido o local e Trinia se encontrava ainda escondida. A barda nem ao menos sabia que seria julgada no dia seguinte. Novamente reunidos no templo, os heróis decidiram investigar esse falso julgamento promovido pela Rainha Ileosa no dia seguinte, depois de desancarem e se recuperarem dos confrontos no covil de Rolth.

Ao amanhecer, Aedran procurou membros da Guarda para perguntar se algum deles viu a tal assassinada do rei ser capturada. O paladino descobriu uma moça loira de 18 invernos fora levada, presa e amordaçada, até Castelo Korvosa na madrugada do dia anterior por hellknigts.

Doralice visitou o Shingles, a grande favela onde Trinia morava até ter sua cabeça colocada a prêmio pela rainha. Perguntando para os moradores, a ladina descobriu que uma jovem moradora fora levada pelos hellknights. Doralice tentou descobrir mais sobre a jovem, porém não encontrou nenhum familiar ou amigo próximo. Aparentemente todos que a conheciam bem foram assassinados pelos hellknights ou estavam com muito medo para falar sobre o assunto. 

Gregory e Seymour foram atrás dos juízes da cidade em busca de informações. Eles descobriram que os juízes foram completamente excluídos do julgamento, que seria realizado pela Rainha Ileosa em pessoa.

Os heróis se reuniram ao meio-dia em uma taverna para partilhar as informações colhidas sobre o falso julgamento. Eles chegaram à conclusão de que um falso julgamento estava sendo armado. E não seria um julgamento, pois uma forca já fora preparada na varanda principal de Castelo Korvosa. E uma jovem inocente faria o papel de Trinia nesse mortal teatro. Os heróis tentaram bolar um plano para impedir a execução, porém nenhuma das ideias pareceu plausível, pois toda a guarda da cidade estaria lá e eles não poderiam se expor abertamente contra a rainha.

Mesmo sem nenhum plano em mente, os heróis seguiram até Castelo Korvosa com alguma antecedência. O local estava completamente lotado. Um cordão de isolamento formado pela Guarda da cidade mantinha a multidão afastada do castelo, mas próxima o bastante para observar a varanda, localiza há mais de 100 m do chão, onde uma forca estava preparada para tirar a vida de uma inocente. Toda a Sable Company – a tropa de elite de Korvosa, composta integralmente de rangers montados em hipogrifos – voava ao redor do castelo, criando um perímetro aéreo intransponível. Hellknigths estavam espalhados pela multidão, preparados para evitar qualquer tumulto.

Aedran, Dac Kien e Doralice foram até o limite máximo permitido pelo cordão de isolamento, ficando bem abaixo da forca. Garreth, Gregory e Liagoo procuraram um ponto mais afastado, porém onde tivessem uma boa visibilidade da cena. Rogar estava o mais anônimo possível que um anão druida e um T-Rex podem estar no meio da multidão. Tellus se encontrava junto a um grupo de clérigos de Pharasma que viera ver o julgamento/execução. Seymour, através de seus contatos dentro da casa Arabasti, conseguiu um assento no camarote, onde os representantes das principais casas nobres da cidade e personalidades importantes, como a própria Cressida Kroft, estavam. Apesar disso, Seymour ainda se encontrava distante do palco onde a encenação sangrenta aconteceria.

Quando o sol tocou o horizonte, o som de trombetas preencheu o ar anunciando a chegada da Rainha Ileosa Arabasti, regente e protetora de Korvosa. Uma deslumbrante Ileosa surgiu na varanda, seguida de perto por Sabina Merrin, sua guarda-costas, e outras mulheres armadas. Mais atrás vinham dois homens segurando uma jovem encapuzada e cheia de marcas dos maus tratos que sofrera em sua curta estada nos caboucos de Castelo Korvosa.

Com sua voz aumentada magicamente, Ileosa fez um pequeno discurso para todos ali reunidos. Falou sobre como sentira a morte de seu marido, o Rei Eodred, e que só a morte de sua assassina poderia trazer de volta a paz à Korvosa. Os capangas da rainha levaram falsa Trinia até a borda da varanda, a vista da multidão sedenta por sangue, e removeram o capuz. Mesmo distantes, os heróis conseguiram perceber o medo nos olhos da jovem. Ela era realmente parecida com a verdadeira Trinia, e a essa distância, e toda machucada e maltrapida como estava, seria impossível diferenciar as duas.

A rainha proferiu seu veredito, culpando Trinia Sabor de regicídio e sentenciando-a a forca. Gritos de aprovação ecoaram da multidão. Os capangas da rainha levaram a jovem até a forca. Prenderam sua cabeça na corda que a faria ficar pendurada, pendendo da varanda de Castelo Korvosa. O silêncio da expectativa tomou conta da multidão. Podia-se ouvir as batidas aceleradas do coração. O mundo entrou em câmera lenta enquanto o capanga puxava a alavanca que faria a falsa Trinia cair para morte.
Um dos espectadores da execução quebrou o mórbido silêncio, apontando para um ponto distante no Castelo Korvosa e gritando: “Vejam, é o Black Jack!”.

Todos os presentes, sem exceção, olharam na direção apontada e avistaram um esbelto homem mascarado, todo em preto e com um belo florete em punho. Com um sorriso desafiador e voz aumentada magicamente, Black Jack falou: “Rainha Ileosa, vim aqui para impedir essa execução. Trinia Sabor é inocente!”.

Black Jack era um famoso herói mascarado de Korvosa. Sua primeira aparição na cidade fora há mais de duzentos anos, e desde então ele sempre apareceu para lutar contra nobres corruptos e salvar inocentes. Já fazia mais de 15 anos desde sua última aparição, e muitos acreditavam que ele tinha desaparecido para sempre. Porém, lá estava ele, o campeão do povo se opondo a Rainha Ileosa.

Em meio ao tumulto causado pelo aparecimento de Black Jack, a rainha ordenou aos seus capangas que matassem a jovem, enquanto ela e sua guarda de honra voltavam para a segurança de Castelo Korvosa. O capanga puxou de vez a alavanca e a jovem começou a cair, presa pelo pescoço. Black Jack, pulando pelas paredes de Castelo Korvosa, chegou até a jovem e a agarrou no ar, cortando a corda que a prendia com um rápido golpe de florete.

Um dos rangers da Sable Company tentou surpreender Black Jack por trás, porém Seymour disparou sua pistola contra o hipogrifo, alertando e protegendo Black Jack. O herói mascarado agradeceu ao summoner com uma piscadela e começou a escorregar até o chão. Aedran e Dac Kien, juntamente com a população enlouquecida, furaram o cordão de isolamento e tentavam se aproximar de Black Jack. Aedran começou a abrir espaço entre os populares para permitir que o mascarado e a jovem pousassem em segurança.

Doralice, ao ver hellknights se aproximando de onde Black Jack pousaria, aproveitou-se da confusão generalizada para apunhala-los pelas costas e mata-los. Liagoo e Gregory começaram a abrir caminho, preparando uma possível rota de fuga para Black Jack por entre os populares. Assim que Black Jack finalmente aterrissou, com a jovem ainda em seus braços, Garreth conjurou sobre eles um encantamento que permitia que se escondessem nas sombras.

Com a ajuda dos heróis, Black Jack se ocultou na multidão e desapareceu da vista de todos, levando consigo a jovem que salvara.

Korvosa novamente ardia em caos. Mas desta vez era um caos diferente, pois todos os habitantes sabiam que Black Jack se opunha a rainha. E eles fariam o mesmo.

Session Report referente à primeira parte da sessão jogada dia 30/04/2011.

Curse of Crimson Throme
Edge of Anarchy (Parte 4)

Personagens Jogadores:



Aedran Bromathan (Fael)

Aasimar filho de um respeitado nobre de Korvosa. Seus pais prometeram à Serenrae que ele se tornaria um paladino quando completasse 18 anos. Trabalha na Guarda da Cidade e está em busca de seu irmão mais novo Eran, desaparecido há algumas semanas.

Dac Kien (Otávio)

Monge que quando criança fora raptado por Gaedren Lamm. Foi torturado por um dos capangas de Gaedren (a personagem Doralice). Conseguiu fugir e buscou abrigo em um monastério. Anos mais tarde volta a Korvosa em busca de vingança e justiça.

Doralice (Mariana)

Ladina humana que passou boa parte de sua infância e adolescência sendo obrigada a torturar crianças a mando de Gaedren. Conseguiu fugir e, depois de vários eventos, vive como mendiga nas ruas de Korvosa. Busca vingança a qualquer preço contra Gaedren.

Garreth Greyfell (Max)

Estudante de magia estrangeiro, Garreth mantinha contanto através de cartas com um amigo que estudava na Academae em Korvosa. Após um longo período sem receber cartas do amigo, Garreth obteve permissão de seu mestre e viajou até Korvosa para investigar o misterioso desaparecimento.

Gregory BrambleBottom (Stephan)

Alquimista humano que quando criança teve seus pais mortos por Gaedren. Foi adotado por gnomos que moravam no porto de Korvosa com quem aprendeu seus troques alquímicos. Hoje adulto busca trazer justiça ao assassino de sua família.

Liagoo (Zutto)

Monge Tian que nasceu em Korvosa. Tornou-se um dos gatunos a serviço de Gaedren quando criança. Foi resgatado do crime por um monge que o levou para Tian Xi, onde aprendeu sobre a cultura de seu povo. Voltou a Korvosa para deter as práticas hediondas de Gaedren.

Seymour Yevon (Dênis)

Meio-Elfo evocador herdeiro de ricos comerciantes de Alkenstar. Fora injustamente incriminado por assassinato, mas devido à falta de provas acabou inocentado. É mal visto pela alta-sociedade de Korvosa e deseja encontrar o verdadeiro culpado para reaver sua reputação.

Rogar (Renato)

Anão druida que está sempre acompanhado de seu fiel companheiro, um jovem tiranossauro. Foi o responsável pela expulsão de Rolth da Academae anos antes. Deseja capturar o necromante e fazê-lo pagar pelos terríveis crimes que pratica contra os animais em seus experimentos macabros.

NPCs Importantes:
  • Cressida Kroft: chefe da Guarda de Korvosa. Responsável por atribuir missões aos os heróis. 
  • Neolandus Kalepopolis: Castelão de Castelo Korvosa e chefe da Sable Company. Atualmente desaparecido.
  • Rainha Ileosa Arabasti: viúva do Rei Eodred II. Atual regente da Korvosa.
  • Sabina Merrin: conhecida como a melhor espadachim de Varisia. Guarda-costas da Rainha Ileosa e ex-aluna de Vencarlo.
  • Trinia Sabor: barda que fora acusada pela Rainha Ileosa de ser a responsável pela morte do Rei Eodred.
  • Vencarlo Orisini: respeitado professor de esgrima e conhecido opositor do governo de Korvosa.
  • Zellara: fantasma que assombra o Harrow Deck. Foi a responsável por reunir os heróis.

Parte 12 - O corpo desaparecido

Enquanto os heróis escondiam Trinia no templo de Serenrae, o caos tomava conta das ruas de Korvosa. Seymour, temendo novamente ter sua residência vandalizada, seguiu até lá acompanhando de Liagoo e Garreth. Gregory preferiu esperar as coisas se acalmarem antes de retornar para sua casa, na região portuária, e permaneceu na mansão Bromathan (que ficava ao lado do templo) juntamente com Aedran e Dac Kien. Dolarice preferiu voltar até o beco imundo que chamava de lar.

Quando o sol se punha sob o céu avermelhado de Korvosa, um mensageiro esbaforido chegou até a mansão Bromathan. Ele trazia um recado da marechal Cressida, pedindo para que os heróis se dirigirem com urgência até a cidadela Volshyenek. Outro mensageiro, igualmente exausto, entregou a mesma mensagem na residência de Seymour.

Os dois grupos se dirigiram apressados até a cidadela e no meio do caminho, além da destruição causada pela população revoltosa, encontraram Dolarice que se uniu a eles. Chegando à cidadela, os heróis perceberam um clima de tensão entre os membros da Guarda. Inqueridos por Aedran sobre o motivo do chamado, os guardas contaram que um grupo de “cidadãos” elitistas de Korvosa havia aproveitado a revolta para espancar até a morte um jovem Shoanti, e que os demais membros da tribo clamavam por justiça.

Há muitos anos, a região onde hoje está localizada Korvosa e seus postos avançados era dominada pelos Shoanti. Um povo bárbaro, de pele avermelhada e olhos esbranquiçados como leite, com costumes e tradições estranhas até mesmo para outros bárbaros. Depois de uma série de guerras e conflitos sob o comando do marechal Korvosa, os soldados de Cheliax conseguiram expulsar os nativos e erguer o Forte Korvosa, a pedra fundamental do que viria a ser a maior cidade de Varisia e um farol de civilização em meio às terras inóspitas do norte de Avistan. Nos dias atuais, uma tribo Shoanti tenta viver pacificamente dentro dos limites da cidade, porém são constantemente lembrados pelos cidadãos mais conservadores de que não são bem-vindos.

Ao chegarem à sala de comando da cidadela, além de uma abatida Cressida Kroft, os heróis também se depararam com um homem Shoanti de sessenta invernos. Ele se apresentou como Mil-Ossos, o que tornou sua aparência ainda mais inusitada. Ele usava um colar feito de ossos de vários animais diferentes e seu corpo estava pintando de forma a representar um sinistro esqueleto humano. Ele também estava acompanhado de um assustador corvo de penas vermelhas, o Come-Olhos.

Era possível ver o ódio transparecer por seus olhos esbranquiçados, mas o ancião conseguia controlar sua voz ao falar. Com palavras secas e bem escolhidas ele contou aos heróis que seu neto, Gaekhen, fora morto por um multidão raivosa que se aproveitou do tumulto promovido pela caça à Trinia Sabor para por em prática o que pode haver de pior num ser humano. Além disso, os assassinos haviam sumido com o corpo de Gaekhen. Para os Shoanti, essa era uma ofensa ainda pior que o assassinato, pois sem o corpo não poderiam realizar os ritos fúnebres tradicionais que fariam o morto descansar em paz e seguir seu caminho até seus ancestrais.

A tribo, liderada pelo filho de Mil-Ossos (o pai de Gaekhen), estava se organizando para deixar Korvosa e se unir às tribos Shoanti ao norte de Varisia. A intenção deles era organizar um exército e atacar Korvosa para se vingarem de tudo que fora feito a seu povo. Mil-Ossos, um pacifista que há muitos anos tenta melhorar a imagem dos Shoanti, desejava impedir essa sandice que seria desastrosa para todos. Para isso precisava que o corpo fosse recuperado por representantes de Korvosa como um sinal de boa vontade. Assim conseguiria convencer seu filho e os demais Shoanti a manter frágil a paz.

Os heróis, capitaneados por Seymour, ainda tentaram dialogar com o xamã em busca de mais informações, mas a paciência do ancião se esgotou e ele deixou a sala de Cressida dizendo que se o corpo não fosse recuperado até o nascer do sol tudo estaria perdido. Com a saída de Mil-Ossos, a marechal se encarregou de fornecer o restante das informações aos heróis.

Passada a pior parte do tumulto, a Guarda da cidade conseguira prender os responsáveis pelo assassinato de Gaekhen e os fizeram confessar o que haviam feito com o corpo. Os assassinos disseram tê-lo vendido a um necromante, no Dead Warrens. Eles haviam deixado o corpo em um mausoléu no Potter’s Ward, próximo a estatua de um gárgula sem cabeça segurando uma espada. Além disso, Cressida contou aos heróis que Gaekhen possuía pinturas tribais semelhantes às de Mil-Ossos e uma cicatriz no rosto, o que ajudaria a reconhecer o corpo.

Antes de partirem, Cressida pediu para que Rogar entrasse na sala. Acompanhando de seu t-rex, o druida anão contou aos heróis que já lidará com esse necromante anteriormente e desejava unir-se aos heróis em sua busca. Os heróis aceitarem a ajuda do druida e partiram para o Distrito Cinza.

Parte 13 – Dead Warrens

O vasto cemitério de Korvosa, localizado na região conhecida como Distrito Cinza, era isolado do restante da cidade por uma espessa muralha de pedra. Mesmo ela sendo menor e menos resistente que a muralha principal que cerca a cidade, servia bem ao seu proposito: impedir que os mortos se levantassem de seus túmulos e atacassem a cidade. No passado isso fora uma ocorrência comum e até tolerada pelos habitantes. Porém, depois de um grande levante em que fora necessário mobilizar a Guarda da cidade e a Sable Company para evitar o pior, a muralha foi erguida.

Além de túmulos e mausoléus, o Dead Warrens também abrigava um Templo-Forte de Pharasma, a deusa da vida e da morte. Os clérigos de Pharasma eram os responsáveis por patrulhar o cemitério em busca de mortos-vivos e também evitar a ação de vândalos e profanadores em busca de riquezas sepultadas com os mortos, ou qualquer outra atividade doentia envolvendo aqueles que já partiram.

A igreja de Pharasma era muito eficiente em sua tarefa, fazendo o número de mortos-vivos existentes no Dead Warrens ser relativamente baixo. Porém, a pedra no sapato dos clérigos da lady dos túmulos era o Potter’s Wand. Era lá onde os habitantes mais pobres de Korvosa eram sepultados, muitas vezes em túmulos coletivos e sem os devidos ritos fúnebres. Desse modo, era a região do cemitério mais propensa a produzir mortos-vivos.

Os heróis chegaram ao cemitério no começo da noite e se dirigiram até o Templo-Forte de Pharasma em busca de informações. O silêncio mórbido do Dead Warrens contrastava com o rugido caótico que as ruas de Korvosa experimentavam desde a morte do Rei Eodred.

Os clérigos da lady dos túmulos disseram que não haviam visto nenhum morto-vivo ou necromante no cemitério recentemente, mas revelaram que vinham tendo recorrentes problemas com um necromante, um ex-aluno que fora expulso da Academae. Eles indicaram o melhor caminho para chegar até o Potter’s Wand e onde encontrar a peculiar estatua do gárgula sem cabeça. Alguns heróis aproveitaram para comprar amuletos para se proteger dos morto-vivos, tendo Doralice inclusive comprado um para sua boneca.

Seguindo as indicações dos clérigos, os heróis chegaram sem problemas até o mausoléu guardado pela estatua de um valente gárgula, que mesmo sem cabeça, empunhava sua espada de pedra ferozmente, desafiando qualquer possível invasor. Após investigar os arredores do mausoléu, Doralice encontrou uma passagem secreta que ocultava uma escada que descia para o subterrâneo do cemitério.

Antes de entrarem, Garreth usou seus poderes arcanos para tentar encontrar mortos-vivos. Após conjurar palavras arcanas e se concentrar, conseguiu sentir algumas presenças logo abaixo. A descoberta de Garreth foi confirmada pelos poderes de paladino de Aedran, capazes de detectar presenças sinistras.

Garreth tratou de fornecerem luz ao grupo com suas palavras arcanas e os heróis adentraram as profundezas gélidas e funestas. Depois de descerrem um curto lance de escadas, os heróis se deparam com um grande salão, sustentado por alguns pilares. Dos dois lados existiam ossuários repletos de ossos humanos e não-humanos.

Do ossuário da direita o esqueleto de um Owlbear se espremia para sair e atacar os heróis, enquanto do ossuário da esquerda um esqueleto humano portando armas e armaduras decadentes espreitava para ataca-los.

Aedran e Liagoo correm até a entrada do ossuário da esquerda, atacando e bloqueando a passagem do esqueleto que lá se encontrava. Atrás do primeiro esqueleto era possível ver outros que também tentavam sair, porém eram impedidos pelo escudo do paladino. Aproveitando-se da situação, Gregory lança uma de suas bombas alquímicas pela entrada do ossuário. A explosão fez ossos voarem para todos os lados e destruiu todos os esqueletos que lá estavam. O esqueleto que se localiza na porta e não fora atingido pela explosão de Gregory acabou sendo retalhado por um poderoso golpe de Liagoo.

Enquanto isso, Seymour conjurou uma formiga gigante à frente do Owlbear esquelético para bloquear seu caminho e impedi-lo de sair do ossuário. Dac Kien e o T-Rex do Rogar dão combate ao monstro. Doralice tentou derrubá-lo com seu chicote, porém o monstro fora forte o bastante para permanecer em pé. Apesar de resistente, a criatura acabou sendo sobrepujada pelos heróis e foi derrotada.

Passado o calor da batalha, Garreth examinou as ossadas com mais atenção e percebeu que não eram esqueletos normais. Se os ossos não fossem queimados, acabariam voltando à sua não-vida com o tempo. Como os esqueletos explodidos por Gregory já estavam em chamas, os heróis apenas cuidaram de queimar os restos do Owlbear.

Os demais heróis começaram a examinar os ossuários. No da direita encontraram uma estreita passagem secreta escavada na terra. Na sala também existia uma saída mais espaçosa à frente, que dava em um corredor. Os heróis decidiram seguir pela passagem secreta. Como o t-rex não conseguia passar pela passagem estreita, Rogar decidiu ficar para trás, guardando a entrada. Garreth e Doralice também permaneceram, fazendo companhia ao o druida.

Parte 14 – Explorando o covil dos Derro

Aedran, Liagoo, Dac Kien e Gregory seguiram pela passagem secreta, percorrendo o estreito túnel escavado na terra. Eram obrigados a engatinhar, pois o túnel era claramente construído para pessoas menores, do tamanho halflings. Uma estranha e fantasmagórica luminescência azul emanava de terra crua, iluminando parcamente o ambiente.

Ao encontrar uma bifurcação no caminho, decidiram seguir pela direita. Caminharam mais um pouco e chegaram ao final do túnel. Do outro lado provavelmente havia uma porta secreta que ocultava essa entrada do túnel. Sem grandes esforços os heróis removeram a porta e adentraram na sala.

Era um corredor amplo, com os dois lados sendo ocupados por prateleiras escavadas na pedra contento inúmeros e assustadores crânios humanos. Eles podiam ver uma porta logo à direita e o que parecia ser outra entrada para o corredor mais a frente. Quando os heróis começaram a caminhar pelo corredor, foram surpreendidos por uma terrível armadilha!

Os crânios, localizados de ambos os lados do corredor, abriram suas horrendas mandíbulas e dispararam jatos de ácido sobre os heróis. Eles tentavam se esquivar dos jatos o melhor que podiam, porém o pior ainda estava por vir. Três dos crânios começaram a flutuar, revelando uma sinistra espinha dorsal em formato de serpente, e atacaram os heróis.

As criaturas ao morderem inoculavam um veneno capaz de paralisar as vitimas, também possuíam uma habilidade hipnótica capaz de colocar seus inimigos em transe. A luta foi desesperada, com Liagoo, Aedran e Gregory entrando em transe hipnótico logo no começo do combate. Anima e Seymour lutaram bravamente, porém acabaram sendo paralisados pela peçanha dos monstros. Dac Kien fora o único que resistiu aos ataques paralisantes das criaturas e lutou desesperadamente até seus companheiros acordarem do transe e juntos darem um fim definitivo aos monstros.

Gregory os identificou como versões menos poderosas de Necrophidius, uma espécie de golem. Ele até tentou remover veneno das presas dos necrophidius, porém os crânios das prateleiras voltaram a disparar seus jatos ácidos e os heróis resolveram deixar a sala, saindo pela porta à direita da entrada de onde vieram.

Do outro lado da porta os heróis encontraram o que parecia ser um laboratório de alquimia. Vários frascos contendo substâncias misteriosas e nojentas espalhadas pelas mesas. Além disso, mais ou sul da sala, era possível observar vários frascos quebrados e uma porta barricada, aparentemente para impedir que algo saísse de lá.

Também havia na sala duas criaturas de aparência bizarra. Com pouco mais de um metro de altura, pele azulada e uma face aterrorizadora, as criaturas pareciam estar arrumando a bagunça da sala quando os heróis irromperam pela porta.

As criaturas partiram para cima dos heróis utilizando um estranho gancho como arma, porém foram facilmente derrotadas pelos rápidos golpes de Liagoo, e espada e escudo de Aedran, as bombas alquímicas de Gregory, os sucos e chutes de Dac Kien e por Anima, o eidolon de Seymour. Quando uma das criaturas já havia sido derrubada, a outra tentou fugir por uma porta ao leste da sala, porém foi capturada e amarada pelos heróis. Eles tentaram interrogá-la, porém não conseguiam se comunicar com a pequena aberração.

Enquanto isso, Rogar, Garreth e Doralice, após esperarem por um bom tempo na entrada do mausoléu, decidiram seguir em frente. Para isso teriam que deixar o T-Rex em algum lugar seguro. Eles seguem até o Templo-Forte de Pharasma e Garreth convenceu os clérigos a permitir que o T-Rex fique lá enquanto eles exploravam o mausoléu.

De volta ao mausoléu, os heróis seguiram o caminho de seus companheiros pela passagem secreta, chegando até o mesmo corredor com os crânios cuspidores de ácido. Dolarice percebeu a armadilha e encontrou o dispositivo que era capaz de desarmá-la. Utilizando sua adaga e algumas ferramentas do ofício dos gatunos, Dora desativou a armadilha e cuidou para que não fosse possível ser ativada novamente. Eles então saíram pela porta à direita e encontram os demais heróis e a aberração que haviam prendido. Doralice reconheceu a criatura como sendo um Derro.

Derros eram como lendas urbanas em Korvosa. Essas criaturas perversas raptavam pessoas enquanto dormiam e as levavam até seus esconderijos subterrâneos onde faziam todo tipo de experimentos dolorosos em suas vitimas. Algumas vítimas tinham a “sorte” de serem devolvidas às suas camas depois de algumas semanas, com pouca ou nenhuma memória de seu rapto. Poucas pessoas acreditam que os Derros eram reais, e a maioria delas eram consideradas loucas pelo cidadão médio de Korvosa.

Garreth tentou se comunicar com a criatura usando todos os vários idiomas em que era fluente e descobriu que as criaturas falavam Undercommon. Interrogando a criatura, o mago descobriu que os Derros estavam trabalhando para o necromante de nome Rolth. Mais cedo Rolth tentara criar um golem utilizando partes do corpo do garoto Shoanti, porém algo dera errado e o golem, em berserk, começara a destruir o laboratório. O golem fora trancado dentro do armário ao sul do laboratório e a porta fora barricada para impedir que saísse de lá. O necromante havia saído do mausoléu e deixando-o sob o comando seu aprendiz, um derro de nome Vreg.

Inquerido sobre o corpo o qual vieram buscar, o derro revelou que um dos braços fora usado na fabricação do golem. A cabeça e o resto do tronco foram levados pelo necromante para seus aposentos privados e as pernas haviam sido jogadas no lixão, uma das salas do complexo onde um Otyugh tratava de acabar com os restos dos experimentos macabros de Rolth.

Terminado o interrogatório, Anima, sob o comando de Seymour, esmagou a cabeça do Derro. Aedran tentou impedir o eidolon de executar a criatura, porém não fora rápido o suficiente.


Parte 15 – O mais fiel servo de Rolth

Após uma rápida e enérgica discussão sobre os métodos de Seymour em que Aedran e Garreth reprenderam o summoner por ter assassinado o Derro a sangue frio, os heróis decidiram continuar explorando o covil de Rolth, seguindo pela saída leste do laboratório. Eles atravessaram um longo corredor, dessa vez alto o suficiente para poderem cruzá-lo em pé. Ao encontrar uma bifurcação, decidiram seguir para o sul e minutos depois foram surpreendidos por uma enérgica voz masculina que pedia para que se afastassem.

O dono da voz lhes disse que estava protegendo o local até que seu mestre Rolth voltasse, e não permitiria que nenhum invasor se aproximasse. Os heróis perguntaram o que havia na sala, mas o dono da voz não queria responder, dando respostas evasivas. Porém, com mais um pouco de conversa, ele acabou caindo no jogo de palavras dos heróis e revelou que guardava prisioneiros vivos que seu mestre utilizava em seus experimentos de necromancia.

Nesta altura, a criatura dona da voz já se mostrava amigável aos heróis e eles tentaram dissuadi-la a abandonar seu posto de guarda e libertar os prisioneiros. Ela se recusava, pois não queria trair a confiança de seu mestre, porém era perceptível que a criatura não desejava ferir os prisioneiros ou mesmo os heróis.
 
Sem conseguir convencer o guarda, os heróis decidiram avançar e ir de encontro à ele. Chegaram a uma pequena galeria natural, parcamente iluminada por tochas. Nela havia três poças enorme, preenchidas com algum liquido viscoso, espeço e fétido. Seres humanos, ainda vivos, estavam imersos nas poças, apenas com a cabeça para fora. O guarda dos prisioneiros, dono da voz já familiar aos heróis, era um enorme humanoide deformado. Com o rosto todo desfigurado e maior que qualquer ser humano que os heróis já haviam encontrado, a criatura partiu pra cima dos heróis com as mãos nuas.

A luta foi rápida, além de golpes, os heróis trocavam palavras com a criatura, tentando convencê-la a se render, mas sem sucesso. Os heróis evitavam feri-la mortamente. Doralice a derrubou várias vezes com seus chicotes, e Anima tentou imobilizá-la a maior parte do combate. Por fim, com uma pancada de escudo, Aedran jogou a criatura em uma das poças, prendendo-a e pondo fim ao combate.
Após libertar os prisioneiros que, apesar de estarem imundos e assustados, demostravam uma enorme gratidão por terem sido salvos, decidiram conversar novamente com o ex-guarda da prisão. Ele contou-lhes que seu nome era Cabbagehead, e que Rolth, o necromante, fora a única pessoa em toda sua vida que nunca havia lhe rejeitado por sua aparência pavorosa. Dera-lhe comida, lar e um emprego.

Cabbagehead pediu aos heróis que acabassem com sua vida, pois havia falhado em seu dever para com seu mestre. Os heróis se apiedaram da criatura e tentaram convencê-la a abandonar seu desejo de morte e mestre. Doralice mostrou sua face deformada por ácido e contou parte de sua sofrida história para o ex-guarda. Aedran disse para Cabbagehead que poderia ficar no templo de Serenrae. Por fim, Seymour estendeu-lhe a mão para ajuda-lo a sair da poça e lhe ofereceu um emprego em sua residência.

A criatura, comovida pelas ofertas de ajuda e pelas histórias dos heróis, acabou aceitando a proposta. Rogar curou Cabbagehead com suas habilidades druídicas e Doralice escoltou os ex-prisioneiros e o ex-guarda para fora do cemitério. Assim que chegaram às ruas de Korvosa, os ex-prisioneiros se separaram de Dora e seguiram cada um para suas casas, enquanto a ladina e Cabbagehead se dirigiam até o templo Serenrae.

Session Report referente à terceira parte da sessão jogada dia 19/03/2011.

Curse of Crimson Throme
Edge of Anarchy (Parte 3)

Personagens Jogadores:



Aedran Bromathan (Fael)

Aasimar filho de um respeitado nobre de Korvosa. Seus pais prometeram à Serenrae que ele se tornaria um paladino quando completasse 18 anos. Trabalha na Guarda da Cidade e está em busca de seu irmão mais novo Eran, desaparecido há algumas semanas.

Dac Kien (Otávio)

Monge que quando criança fora raptado por Gaedren Lamm. Foi torturado por um dos capangas de Gaedren (a personagem Doralice). Conseguiu fugir e buscou abrigo em um monastério. Anos mais tarde volta a Korvosa em busca de vingança e justiça.

Doralice (Mariana)

Ladina humana que passou boa parte de sua infância e adolescência sendo obrigada a torturar crianças a mando de Gaedren. Conseguiu fugir e, depois de vários eventos, vive como mendiga nas ruas de Korvosa. Busca vingança a qualquer preço contra Gaedren.

Garreth Greyfell (Max)

Estudante de magia estrangeiro, Garreth mantinha contanto através de cartas com um amigo que estudava na Academae em Korvosa. Após um longo período sem receber cartas do amigo, Garreth obteve permissão de seu mestre e viajou até Korvosa para investigar o misterioso desaparecimento.

Gregory BrambleBottom (Stephan)

Alquimista humano que quando criança teve seus pais mortos por Gaedren. Foi adotado por gnomos que moravam no porto de Korvosa com quem aprendeu seus troques alquímicos. Hoje adulto busca trazer justiça ao assassino de sua família.

Liagoo (Zutto)

Monge Tian que nasceu em Korvosa. Tornou-se um dos gatunos a serviço de Gaedren quando criança. Foi resgatado do crime por um monge que o levou para Tian Xi, onde aprendeu sobre a cultura de seu povo. Voltou a Korvosa para deter as práticas hediondas de Gaedren.

Seymour Yevon (Dênis)

Meio-Elfo evocador herdeiro de ricos comerciantes de Alkenstar. Fora injustamente incriminado por assassinato, mas devido à falta de provas acabou inocentado. É mal visto pela alta-sociedade de Korvosa e deseja encontrar o verdadeiro culpado para reaver sua reputação.

Parte 8 – Vencarlo, o espadachim galante.

Alguns dias depois os heróis recebem uma nova mensagem de Cressida, convocando-os até a Cidadela Volshyenek para uma nova missão. Os heróis se dirigem até a cidadela e vão ao encontro de Marechal de Campo na sala de comando. Ao chegar lá, além da familiar comandante da Guarda, eles também encontram um galante espadachim de sangue chelish.

O homem, que aparentava ter mais de 50 anos, se apresentou como sendo Vencarlo Orisini. Seus cabelos totalmente brancos e um belo florete preso à sua cintura balançavam enquanto ele fazia uma mensura ao se apresentar. 

Cressida conta aos heróis que ele é um dos mais respeitados professores de esgrima de toda Varisia. Galante, Vencarlo sorri e confirma balançando a cabeça. Ele conta aos heróis que fora o professor da famosa Sabina Merrin, a guarda-costas pessoal da Rainha Ileosa

Após mais alguns cumprimentos e mensuras exageradas de Vencarlo, Cressida diz aos heróis que o espadachim tem uma solicitação especial para eles. Vencarlo limpa a garganta e, com sua melódica voz, lhes conta sobre a próxima missão deles.

Darvayne Gios Amprei, o embaixador de Cheliax em Korvosa cujo desdém pela cidade-estado é amplamente conhecido, planeja aproveitar-se do caos que se instalou na cidade para tentar promover uma guerra entre o Grande Império de Cheliax e sua antiga colônia em Varisia. Entretanto, devido a sua posição diplomática, simplesmente atacá-lo ou expulsá-lo seria uma declaração de guerra. Vencarlo diz aos heróis que será necessário mais do que espadas afiadas para por impedir os planos de Darvayne. Será necessário astúcia.

A “Ponta da Enguia”, um conhecido antro de prostituição, jogos de azar e drogas localizado na região portuária de Old Korvosa e dirigido pelo infame Devargo Barvasi, o rei das aranhas. Certamente esse não seria o local mais indicado para um diplomata como Darvayne freqüentar. Porém, o ilustre embaixador tem sido visto na Ponta da Enguia com freqüência.

Vencarlo acredita que se os heróis descobrirem que tipo de atividade ilícita Darvayne vem praticando eles poderão controlá-lo, ameaçando revelar seus segredos. Assim sendo, a missão dos heróis é descobrir o que Darvayne faz na Ponta da Enguia e conseguir evidências de seus atos para poderem ameaçá-lo.

Antes de saírem da sala de comando, Cressida avisa aos heróis que a Ponta da Enguia paga suas taxas de vício corretamente, o que impede a Guarda interfir com as atividades do local. Além disso, os seguranças contratados por Devargo não permitem a entrada de membros da Guarda.

Ao saírem da Cidadela Volshyenek, os heróis se dirigem até uma taverna para discutir sobre a missão. Vencarlo os acompanha durante boa parte do caminho, enquanto se dirige para sua academia de esgrima. No meio do caminho, Aedran e Doralice contam para Vercarlo a história do Grau Soldado. Vencarlo sorri e lhes agradece por terem tirado da sarjeta seu ex-aluno. Aedran também aproveita para pedir que Vencarlo treine seu irmão menor, Eran. O espadachim diz que será uma grande honra instruir Eran, passando para o paladino o endereço de sua academia.

Parte 9 – A ponta da Enguia

Seymour já visitara a Ponta da Enguia algumas vezes e se ofereceu para fazer uma primeira investigação no local. Ele foi sozinho para não levantar suspeitas e se passar por um cliente convencional do estabelecimento. Os demais heróis foram um tanto relutantes, mas acabaram aceitando a investigação solitária de Seymour.

Ponta da Enguia é o nome de uma nau militar totalmente transformada em um grande salão de festas. No convés do navio mercadores de todas as espécies e pessoas de todas as classes sociais discutem os mais diversos negócios – lícitos ou ilícitos. A nau está ancorada no porto de Old Korvosa. Vários seguranças contratos por Devargo circulam entre os clientes para garantir a ordem e apartar brigas. Ironicamente, enquanto Korvosa é tragada pelas chamas do caos, A Ponta da Enguia é provavelmente um dos locais mais ordeiros e mais seguros da cidade.

Atracada à nau principal, quatro outros navios menores complementam o cenário. Águia Dourara, uma estalagem marítima de alto padrão. Tigres Gêmeos, um verdadeiro cassino flutuante onde grandes quantidades de velas de ouro mudam de mãos todas as noites. Casa das Nuvens, o mais refinado e mais caro bordel de Korvosa. E finalmente e não menos impressionante, o Bafo do Dragão, um navio onde é possível se comprar e consumir quase qualquer tipo de droga mágica ou mundana de Golarion.

Seymour suspeitava que Darvayne estivesse apaixonado por alguma das belas garotas da Casa das Nuvens e foi diretamente até a nau investigar. O bordel não era um completo estranho para o mercador que já usara de seus serviços algumas vezes. Seymour foi conversar diretamente com a dona do lugar, uma belíssima meia-elfa chamada Halvara. Conversando com a cafetina, Seymour descobriu que Darvayne nunca pôs seus pés no Casa das Nuvens e nem em nenhum outro dos três navios periféricos. Porém, toda semana o diplomata visita Devargo no Ponta da Enguia, onde não permanecia por mais de meia-hora.

O mercador decide falar com o próprio Devargo em busca de informações. Ele foi até o barco principal e se dirigiu até a cabine, onde Devargo normalmente ficava. Para poder entrar na cabine, Seymour foi obrigado a pagar um gordo suborno o segurança da cabine de Devargo.

A cabine havia sido totalmente modificada para se parecer como uma sala do trono – menos suntuosa que a sala do trono de Castelo Korvosa, é verdade, mas mesmo assim impressionante. Ao invés do trono carmesim, um trono totalmente negro, repleto de teias e rodeado de aranhas de todos os tamanhos movendo-se de forma assustadora. Sentado nele encontrava-se um homem jovem, alto, de cabelos escuros e pele clara: Devargo Barvasi, o rei das aranhas.

Devargo ganhara este titulo por possuir uma habilidade sobrenatural para controlar todos os tipos de aranhas. Ninguém sabe ao certo como ele faz isso, mas o fato é que seu poder sobre os aracnídeos é tamanho que pode sentar-se em meio aos monstros sem temer ser atacado.

Seymour e Devargo se cumprimentaram de forma cordial e conversaram sobre amenidades. Devargo sempre se mantinha na ofensiva, tentando pegar o mercador em seu jogo de palavras. Enquanto conversavam, o rei das aranhas brincava com seus bichinhos de forma perturbadora.

Depois de alguns minutos de conversa fiada, Devargo se cansou da encenação e perguntou a Seymour o que ele queria. Seymour contou a história de Darvayne, frisando a possibilidade de o embaixador iniciar uma guerra e como isso seria terrível para o Ponta da Enguia. Devargo pareceu se divertir com a insinuação e disse que não temia o embaixador. 

O mercador finalmente perguntou a Devargo se ele podia revelar o que Darvayne fazia todas as semanas no Ponta da Enguia. Devargo, mesmo contrariado, disse que poderia contar mediante pagamento. O mercador ofereceu todo o dinheiro que possuía no momento em troca da informação, mas o rei das aranhas disse que era muito pouco.

Por fim, Seymour prometeu voltar no dia seguinte com mais dinheiro. Devargo concordou e disse ao mercador que estaria com seus capangas e que ele poderia trazer os dele capangas também, pois assim seria mais “divertido”.

Parte 10 – Brincando com facas

No dia seguinte, Seymour foi até a taverna que os heróis estavam utilizando como centro de operações para contar-lhes sobre sua conversa com Devargo. Enquanto isso na taverna, Garreth estava examinando os itens possuídos pelo grupo em busca de itens mágicos. Ao investigar a adaga de prata que Doralice havia roubado do quarto de Verik no açougue, o mago descobre que tinha algo de estranho nela.

A adaga se transforma em uma estranha cobra e ataca os heróis. A adaga-cobra tenta dar um bote em Garreth, mas erra. Aedran e Liagoo sacam suas espadas e atacam a cobra, enquanto o mago se afasta da criatura cuidadosamente. Doralice, ainda perplexa por sua adaga ter-se transformado em uma cobra, usa seu chicote para lançar a cobra na lareira da taverna. Mesmo agonizando no calor da lareira, a cobra ainda ataca Seymour que acabara de entrar na taverna e fora pego de surpresa pelo réptil. Aedran e Liagoo atacam novamente e matam o monstro.

Depois do repentino combate, Garreth conta aos heróis que aquela cobra era na verdade uma Raktavarna. Uma criatura capaz de se disfarçar de objetos mundanos e são geralmente usados como espiões pelos seus terríveis mestres, os Rakshasas. Porém, o mais terrível das Raktavarna é que quando mordem suas vitimas injetam um veneno capaz de apagar completamente a memória dos últimos dias. Felizmente, Seymour não sucumbiu diante da peçanha quando foi mordido.

Finalmente Seymour conta aos demais heróis sobre sua conversa com Devargo e eles decidem pedir à Cressida dinheiro para poderem comprar a informação do rei das aranhas. Depois de uma rápida passada pela Cidadela Volshyenek para pegar o dinheiro, Seymour, Liagoo, Garreth, Gregory e Dac Kien partem para a Ponta da Enguia. Aedran, que não concordava com o plano de seus companheiros, ficou no templo de Serenrae juntamente com Doralice.

No meio do caminho, os heróis são surpreendidos por um otyugh que emerge dos esgotos de Korvosa e os ataca. Apesar da ferocidade do monstro, a espada de Liagoo, os punhos de Dac Kien e Anima, o eidolon de Seymour, conseguem segurá-lo enquanto Gregory lança sobre o mostro seus preparos alquímicos e Garreth o enfraquece com suas palavras arcanas. Derrotada a aberração, os heróis seguem até a Ponta da Enguia.

Chegando lá, os heróis rapidamente se dirigem para cabine onde Devargo se encontrava. Como eles tinham a permissão do rei das aranhas para entrar, puderam passar pelo segurança que subornara Seymour anteriormente sem complicações.

Dentro da “sala do trono”, além de Devargo e suas aranhas, encontravam-se seis homens fortes e rústicos. Eles e Devargo estavam jogando cartas e bebendo. Assim que o rei das aranhas avistou Seymour ele os convida para uma partida amigável de Knives – um jogo muito popular em Korvosa – entre seus comparsas e os aliados de Seymour

Os heróis aceitam e Dac Kien se apresenta para o jogo. Ele senta-se na cadeira a frente de seu adversário – um humano com sangue varisiano, o menor dos comparsas de Devargo. Eles encostam seus braços direitos e estes são amarados com uma tira de couro. Uma faca é fincada na mesa e Devargo e os outros capangas fazem suas apostas, depositando moedas de ouro na frente de seu aliado. Enquanto isso Seymour, Gregory, Garreth e Liagoo também fazem suas apostas em Dac Kien.

Dado o sinal para o inicio da partida, o adversário de Dac Kien rapidamente pega a adaga com sua mão esquerda antes do monge. Sem a adaga, restava a Dac Kien tentar pegar todas as moedas de seu adversário antes de desmaiar devido aos ferimentos de faca que sofreria toda a vez que tentasse apanhar moedas.

A disputa foi equilibrada. Apesar de extremamente ágil, o monge não conseguia evitar a maioria dos ataques de faca, ficando com a mão cheia de cortes. Felizmente ele conseguia apanhar muitas moedas, mesmo com a sua mão sendo retalhada. No final, quando Dac Kien estava quase desmaiando devido à perda de sangue, ele dá um bote preciso e consegue apanhar a última moeda sem ser atingido pela faca.

Devargo vibrou com a disputa! Completamente envolvido pela emoção do jogo e pela bebida, ele propôs uma melhor de três. Se os heróis ganhassem, Devargo lhes daria a informação sobre Darvayne de graça. Porém, se perdessem, teriam que deixar todo seu dinheiro para Devargo e não receberiam informação nenhuma.

Enquanto conversavam e acertavam os detalhes do jogo com Devargo, os heróis receberam um apelo telepático do pseudodragon que era mantido em uma gaiola por Devargo em sua cabine. A pobre criatura implorava para que os heróis o libertassem de sua gaiola e dizia ser torturada pelo rei das aranhas quando ele estava entediado.

Tocado pelos apelos da criatura, Liagoo pergunta a Devargo se ele apostaria seu pseudodragon na disputa. Devargo, divertindo-se imensamente pela situação, aceita a aposta, porém impõe que em caso de derrota dos heróis, eles teriam que realizar um pequeno “trabalhinho” para ele.

Liagoo prontamente senta-se a mesa a espera de seu adversário na disputa de Knives. Um meio-orc enorme, com a mão cheia de cicatrizes, se apresenta para o embate. Os braços direitos do meio-orc e de Liagoo são amarados com uma tira de couro, a faca é novamente fincada na mesa e as apostas são feitas de ambos os lados.

Quando o sinal para iniciar a partida é dado, nenhum dos competidores se move! Nem Liagoo nem o meio-orc desejam pegar a faca, pois acreditam terem mais chance de vencer jogando na defensiva. A tensão causada pelo impasse divertiu imensamente Devargo que urra de prazer com a situação.

O suspense só acaba quando, depois de quase dez minutos encarando Liagoo, o meio-orc pega a faca com ódio em seus olhos e a partida começa. E ela foi emocionante! Apesar de Liagoo ser bastante ágil e conseguir evitar a maioria dos ataques do meio-orc, a tremenda força do comparsa de Devargo fazia um belo estrago toda vez que atingia o monge, abrindo profundas feridas em sua mão. Perto do fim, com Liagoo quase desmaiando, ele consegue pegar a última moeda sem ser atingido pela faca, vencendo a partida e a disputa melhor de três.

Derrotado, Devargo liberta o pseudodragon que prontamente pousa sobre os ombros de Liagoo. A criatura passou a seguir o monge, que considera como sendo seu salvador. Liagoo deu ao pseudodragon o nome de Knives.

Por fim, Devargo contou aos heróis o segredo de Darvayne. O embaixador estava tendo um caso com a esposa de um nobre poderoso de Cheliax. Por azar de Darvayne – e sorte de Korvosa –, Devargo interceptou um navio cheio de cartas de amor entre Darvayne e sua amante. O rei das aranhas então resolveu subornar o diplomata, vendendo-lhe suas cartas de volta. Uma por semana. Por isso Darvayne vai até o Ponta da Enguia toda semana, recomprar uma de suas cartas de amor.

Devargo entrega a última das cartas para os heróis e pede para que se retirem do Ponta da Enguia. No dia seguinte os heróis entregam a carta e contam toda a história do adultério para Cressida e Vencarlo.
Cressida os agradece novamente pelos serviços prestados à Guarda e lhes avisa que ela não tem mais nenhuma missão urgente, pois, graças aos esforços da Guarda, a cidade já estava voltando à normalidade. Porém, ela avisa aos heróis que se algum problema surgisse, ela os chamaria.

Parte 11 – A barda assassina!

As chamas da revolta não mais ardiam em Korvosa. Mas as brasas recém apagadas podiam facilmente reiniciar o incêndio ao menor sinal de fumaça. Aos poucos, a população ia se acostumando com o reinado da Rainha Ileosa e a vida voltava ao normal – pelo menos ao tão normal quando pode ser viver em uma cidade como Korvosa.

Aedran voltara a sua rotina na Guarda da cidade. Gregory reabrira sua loja de poções. Seymour, com a ajuda de Liagoo, quase conseguira reconstruir sua casa. Garreth aproveitou seu tempo para estudar, aprender novas magias e se corresponder com seu mestre. Doralice voltou a morar nas ruas, levando consigo o Harrow Deck e Zellara a tiracolo. Dac Kien passou a morar no templo de Serenrae, onde passava a maior parte do tempo meditando e treinando.

Porém, em meio à calmaria veio a tempestade. Os heróis foram contatos por mensageiros exaustos de Cressida. Sem fôlego, eles contam aos heróis que Cressida desejava vê-los com urgência e pede para que todos a encontrem na taverna o mais rápido possível.

Quando os heróis chegam à taverna, Cressida já os esperava com um olhar de desespero. A marechal de campo conta aos heróis que a Rainha Ileosa estava acusando uma jovem artista chamada Trinia Sabor de ter assassinado o Rei Eodred. A jovem fora contratada para pintar um retrato do rei poucas semanas antes de sua morte e um dos guardas pessoais do Rei confessou à Rainha que Trinia havia envenenado o Rei – depois disso, o guarda cometeu suicídio saltando da mais alta Torre do Castelo Korvosa.

Essa notícia, que estava agora mesmo sendo espalhada pelos mensageiros da rainha, certamente iria reacender as chamas da revolta e uma multidão ensandecida iria caçar e linchar a artista. Cressida desejava que justiça fosse feita, porém não dessa maneira bárbara. Por isso, ela pediu aos heróis que encontrassem Trinia antes dos agentes reais e das multidões e a trouxessem diretamente até ela, para que a Marechal de Campo pudesse interrogá-la apropriadamente.

Os heróis precisavam agir rápido. Não havia tempo a perder. Cressida lhes revelou o endereço de Trinia. A artista morava nos Shingles, a favela que alguns dos habitantes mais pobres de Korvosa chamavam de lar.

Eles partiram imediatamente, tentando ao máximo não parecerem suspeitos para não atrair a atenção dos populares para o Shingles. Aqui e ali várias multidões de cidadãos portando tochas e foices começavam a se formar. Era evidente que Korvosa iria novamente abraçar a desordem em breve.

Quando os heróis finalmente chegaram ao Shingles, não sabiam exatamente por onde começar a procurar. O lugar era um labirinto de casebres decadentes. Telhados irregulares, varais de roupa estendidos de maneira perigosa, buracos escondidos nas paredes, vielas que levavam de nada a lugar nenhum. A falta de planejamento e o excesso de construções irregulares era a regra nos Shingles.

Depois de navegarem pelas vielas repletas de lixo, os heróis finalmente conseguem chegar onde parecia ser o endereço indicado por Cressida. Eles encontrarem algumas crianças na rua e decidirem perguntar se eles sabiam onde Trinia Sabor morava. A menção do nome da artista pareceu assustar o garoto e ele, gaguejando, disse que não conhecia nenhuma Trinia. Assim que ele percebera que os heróis não haviam acreditado em sua mentira, encheu seus pulmões de ar e grita para Trinia, avisando que estavam atrás dela.

Do meio de um dos telhados sobrepostos surge uma bela jovem de pele clara e cabelos dourados. Ela começa a correr desesperadamente, afastando-se dos heróis, utilizando os obstáculos do Shingles para mover-se mais rapidamente. Pulava sobre varais, escalava murros, atravessava os telhados sobrepostos, cortava caminho passando por buracos.

Os heróis prontamente começaram a perseguir a jovem que parecia ser Trinia. Como era impossível alcançá-la pelo solo, os heróis subiram nos telhados do Shingles e começaram a segui-la em seu próprio território.

A maior parte dos heróis acabou se atrasando por não conseguir superar os obstáculos do caminho. Dac Kien e Seymour tropeçaram em um varal que não conseguiram ver. Aedran, que era o único a usar armadura pesada, mal conseguia manobrar e continuar na perseguição. Gregory tomou um de seus preparos alquímicos para tornar-se mais rápido e disparou atrás da jovem, já muito a frente dos heróis. Liagoo e Doralice conseguiram superar os obstáculos do caminho e se aproximaram de Trinia.

Enquanto isso, Garreth conjurava uma magia para por fim a perseguição. Quando terminou de gesticular e pronunciar palavras arcanas, o mago disparou um jato de energia que prendeu a jovem, impedindo-a de fugir. Momentos depois Liagoo alcança a jovem.

Uma multidão começava a juntar-se no local e logo começariam o linchamento da jovem. Os heróis a disfarçaram e colocaram-na sobre o cavalo de Aedran, começando o caminho de volta até Cressida, tentando evitar ao máximo qualquer ajuntamento que representasse perigo à jovem.

No meio do caminho, a jovem que assumiu ser Trinia contou aos heróis sua versão da história. Ela disse que realmente fora contratada para pintar um retrato do Rei Eodred, um homem bondoso como ela não imaginou ser possível na nobreza. Porém, ela negava de forma veemente que estivesse envolvida com a morte do Rei. A eloqüência de Trinia conseguiu convencer todos os heróis.

Trinia também conta aos heróis que a Rainha Ileosa nutria um ódio doentio por ela desde o primeiro momento em que o artista colocara seus pés no Castelo Korvosa. Trinia não sabia por que, mas desconfiava que a rainha tinha-lhe acusado de assassinato por vingança. A artista pediu desesperadamente aos heróis para não entregá-la à rainha ou à Guarda, pois temia por sua vida.

Mesmo que os heróis confiassem plenamente em Cressida, eles resolveram atender ao pedido de Trinia pois temiam que mesmo que Cressida pudesse provar a inocência da jovem, a rainha poderia ainda assim mandar matá-la. Por isso, os heróis decidiram esconder Trinia no templo de Serenrae, disfarçando-a de freira até a situação se acamar novamente e eles poderem tirá-la da cidade em segurança.

Entretanto, no meio do caminho até o templo, os heróis são parados por uma barreira de Hell Knights. Todos de armadura completa negra e exibindo o símbolo profano de Asmodeus, o senhor dos nove infernos, em seus escudos. Os seis cavaleiros exigiam saber o que os heróis escondiam no cavalo de Aedran. Além disso, cobravam pedágio para permitir que os heróis passassem por eles.

Doralice pagou o pedágio e passou pelos cavaleiros discretamente, de forma que os Hell Knights não desconfiassem dela. Seymour ainda tentou conversar com os Hell Knights, mas os servos de Asmodeus não são conhecidos por sua capacidade de dialogo. Em meio ao impasse de revelar ou não que eles estavam levando Trinia, Doralice atacou um dos Hell Knights pelas costas e o confronto começou.

Aedran sacou sua espada e partiu pra cima dos Hell Knights. Liagoo, ao sacar sua espada, desferiu um poderoso golpe nos inimigos. Dac Kien começou a golpear os cavaleiros com socos e chutes. Seymour conjurou Anima, seu poderoso eidolon e o mandou atacar os Hell Knights. Doralice utilizava seus dois chicotes para desarmar e derrubar os Hell Knights mais próximos.

Enquanto isso, Gregory aproveitava que os inimigos estavam agrupados para disparar suas bombas alquímicas. Garreth conjurou uma poderosa magia sobre um dos Hell Knights, fazendo-o largar sua espada e correr apavorado, fugindo do mago o mais rápido possível.

Anima alcança os Hell Knights e começa a atacá-los. Os Hell Knights revidam com suas espadas negras, ferindo Anima. Seymour conjura magias de proteção sobre seu eidolon para evitar que seja ferido pelos Hell Knights. Liagoo e Aedran também são atingidos pelas espadas dos inimigos, mas revidam e conseguem derrubar um deles.

Vendo o quão forte são os golpes de espada dos Hell Knights, Dac Kien muda de estratégia e decide desarmá-los. Com seus golpes rápidos, o monge consegue tirar as espadas das mãos dos Hell Knights e os ataca. Doralice faz o mesmo com seus chicotes, conseguindo segurar dois dos Hell Knights que a tentavam atacar. Gregory continuava despejando sobre os inimigos seus preparos alquímicos e Garreth seu poderio arcano.

O combate foi violento, mas os heróis conseguiram derrotar todos Hell Knights com alguma facilidade. Eles esconderam Trinia no templo de Serenrae como haviam prometido e contaram a Cressida que a jovem aproveitou o confronto contra os Hell Knights para fugir. Cressida fica um pouco decepcionada, mas mesmo assim agradece aos heróis por tê-la salvo de ser linchada pela população ensandecida.

Korvosa borbulha em caos novamente. Multidões revoltadas surgem por todas as ruas para fazer “justiça” com as próprias mãos. Os heróis podem ter salvado Trinia do linchamento, mas sabem que o regresso da revolta em Korvosa deixará mortos e prejuízos quando a poeira baixar.

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