Este é o segundo Arco da campanha de RPG que estou mestrando atualmente. O primeiro arco era chamado de Valkaria, o recomeço e você pode acompanhar todos as sessões dele aqui neste mesmo blog.


A história contada aqui se passa no continente de Arton, no ano 1406 da calendário élfico sendo a continuação direta da última aventura contada nesse blog.

Personagens

Arthur Seludiam (Jogador Raul)

Novo integrante dos Arqueiros de Fogo, Arthur descobriu através do ritual místico realizado em seu exame de admissão que deve salvar uma criança escolhida para por fim ao império de Throw Ironfist, o general bugbear profetizado que assassinou a cidade élfica de Lenórienn e toda a civilização de Lamnor.



Brutos Moghrodus (Jogador Ronye)

Descobriu que seu maior inimigo e assassino de sua família é seu tio, Turan Moghrodus. Em uma visita a Doherimm, tornou-se um Anão Defensor e conheceu seu avô. Presenciou o que pode ser o inicio de uma guerra civil entre os seguidores de Khalmyr e de Tenebra e somente uma prova de união dos dois deuses criadores da raça anã pode apaziguar o conflito.



Gwyn Lörenz (Jogador Rafael)

Em uma visita a sua cidade natal, descobriu que sua mãe verdadeira era uma viajante que desaparecera logo após dar a luz. Ao examinar os pertences de sua mãe, foi enviado para o Ordine, o plano de Khalmyr onde, com a ajuda de Tileriel, derrotou demônios para recuperar a armadura que seu pai (um anjo) havia lhe deixado. Decidiu expulsar todos os demônios que se aproveitavam da instabilidade da ordem no panteão para chegar à Arton. Valkaria, reconhecendo sua coragem, lhe concedeu poderes para realizar sua ambição.

Kahlan Cypher (Jogador Bruna)

Esta Sulfure misteriosa encontrou o grupo em uma taverna e resolveu viajar com eles até Lamnor, pois alegava ter assuntos a tratar no continente amaldiçoado. Mortal e silenciosa como uma cobra pronta para dar o bote, Kahlan parece esconder algum segredo importante, porém se mostrou confiável e eficiente até agora.



Murlock “Heavyblade” (Jogador Fabrício)

Esta Sulfure misteriosa encontrou o grupo em uma taverna e resolveu viajar com eles até Lamnor, pois alegava ter assuntos a tratar no continente amaldiçoado. Mortal e silenciosa como uma cobra pronta para dar o bote, Kahlan parece esconder algum segredo importante, porém se mostrou confiável e eficiente até agora.




Personagens do Mestre

Bob, o baloeiro Goblins: Velho conhecido dos heróis, Bob os trouxe de balão de Valkaria até o Mar do Dragão, onde uma violenta e antinatural tempestade marítima os errubou Atualmente se encontra nos destroços do porto secreto de Elizabeth consertando seu balão.

Minus, o minotauro taverneiro: Minus é um taverneiro de Valkaria, a capital do Reinado. Acusado de traição durante o ataque de Tapista à Valkaria, foi salvo do linchamento pelos heróis, que já conheciam e confiam no minotauro.

Elizabeth Swann, pirata & pistoleira: Capitã do navio Selako Negro, Elizabeth possuía um porto secreto em Lamnor, onde guardava o resultado de seus saques. Elizabeth deu uma carona aos heróis até Lamnor depois que o balão deles caíra e descobriu que a Aliança Negra atacou, destruiu e assaltou seu porto.


5. A Esperança dos Desesperados

Após derrotarem os bugbears que vigiavam o porto de Elizabeth, os heróis resolvem utilizar o mapa que encontraram com as feras para chegar até um pequeno vilarejo indicado no mapa. O caminho indicado os levou até uma profunda e escura floresta. Não havia trilhas ou sinais de ocupação recente por entre as árvores, e os heróis muito provavelmente se perderiam naquela região totalmente selvagem e desconhecida.

Arthur com seus sentidos élficos apurados percebe que estão sendo observados e seguidos pela floresta. Após alertar seus companheiros, Gwyn, falando alto, tentou conversar com àqueles que os seguinam, dizendo que eles encontraram o mapa com os bugbears e desejam chegar até o vilarejo para conseguir mais informações sobre as missões dos heróis em Lamnor. Do meio das arvores surge uma bela elfa, de cabelos negros com mechas verdes, ela segurava um arco,preparado para disparar e apontado em direção aos heróis.

Em élfico, ela se apresentou, dizendo que seu nome era Lilienora, e que ela fazia parte do grupo de protetores e caçadores de uma pequena vila que existia naquela região e se matinha oculta para evitar ser atacada pelas forças da Aliança Negra. Ela pede para examinar o mapa dos heróis e, após confirmar que o mapa realmente levava para a vila que ela protegia, ficou interessada em saber como os personagens haviam obtido o mapa. Após uma rápida explicação sobre o mapa, Gwyn pede à Lilienora que os ajude a chegar até o templo, o destino original dos heróis. Lilienora diz não poder ajudá-los, porém pode levá-los até a vila indicada no mapa por eles encontrado, a Vila de Twyier, onde poderiam se informar melhor e talvez conseguir um guia até o templo.

Os heróis concordam em seguir Lilienora até Twyier. Lilienora abaixa seu arco e faz sinal para os demais caçadores se aproximarem. Eles eram cinco ao todo, todos humanos, e, juntamente com Lilienora e os heróis, começam a caminhar por entre as árvores para chegar até a Vila de Twyier. Brutos logo percebeu que seus guias tomavam todos os cuidados possíveis para não revelarem ou deixarem pistas sobre como chegar a vila, dando várias voltas em círculos e fazendo caminhos não objetivos, além de sempre esconderem seus rastros e ocultarem trilhas secretas.

Depois de quase três horas de caminhava pela mata, uma clareira pode foi avistada e ,ao centro dela uma pequena vila ou posto de observação. Lá, além de uma muralha simples de madeira protegendo as maiores construções – que não passavam de dois andares –, havia uma ferraria, várias casas rústicas, algumas torres de vigia cheias de arqueiros elfos e humanos e algumas pequenas plantações de ervas e frutas, provavelmente responsáveis pela alimentação da Vila de Twyier.

No mesmo instante em que foram vistos pelos arqueiros das torres, vários arcos foram apontados para os heróis. Felizmente, bastou Lilienora dar um sinal e as cordas dos arcos foram afrouxadas, assim como a tensão dos arqueiros. Os portões da cidade foram abertos e todos entraram. Acostumados com as pequenas vilas humanas existentes no Reinado, Twyier surpreendeu bastante os heróis. Todos os habitantes, até mesmo as mulheres e idosos, estavam armados e atentos, prontos para lutar até a morte para proteger a cidade se assim fosse preciso. Não existiam crianças com menos de 14 anos, porém os adolescentes de Twyier eram tão soldados quanto os mais experientes guerreiros da vila. A maior parte da população era composta por humanos, porém a quantidade de elfos era significativa. Arthur inclusive pode notar a presença de vários meio-elfos, todos jovens, provavelmente gerados depois da queda de Lenórienn.

Um homem, que aparentava ter uns 25 anos, perguntou para Lilienora se ela conseguira encontrar sua mulher enquanto estava na floresta. Lilienora responde negativamente, deixando o homem desesperado. Nossos heróis, conversando com o homem, descobrem que sua mulher havia sido enviada para a vila vizinha para trocar suprimentos há dois dias, porém ainda não retornara. Além disso, a mulher estava grávida. Gwyn promete ao homem encontrar sua esposa deixando-o esperançoso.

Conversando com os habitantes da cidade, nossos heróis descobrem sobre Arantir (esperança em élfico), a cidade que representa toda a esperança dos sobreviventes de Lamnor. Essa cidade, mantida escondida da Aliança Negra, é onde a maior parte dos sobreviventes de Lamnor, tanto elfos quanto humanos, vive. Twyier e várias outras vilas eram apenas postos avançados de Arantir escondidos por toda Lamnor, através das quais era possível prever um ataque ou conseguir alimento para abastecer Arantir. Os heróis ainda descobriram que o líder de Twyier era um dos membros do conselho de Arantir, e que somente ele poderia autorizar a entrada dos personagens na cidade, onde possivelmente encontrariam informações sobre o templo que procuravam. Entretanto, ele não estava atualmente na vila, porém sua chegada estava prevista para daqui a alguns dias.

Brutos visitou a ferraria da cidade, porém ao chegar lá descobriu que estava abandonada há alguns meses, pois o ferreiro residente havia morrido de uma doença desconhecida. Brutos percebeu que as armas e armaduras dos habitantes estavam em frangalhos e decidiu ajudá-los, utilizando suas habilidades de ferreiro para consertar o máximo de armas e armaduras que pode enquanto estivesse no vilarejo.

Na cidade também existia um altar de Glórienn, a deusa dos elfos, que perdera seu posto no Panteão há algumas meses. O clérigo local havia enlouquecido e fugido da vila, deixando-a totalmente desamparada espiritualmente. Gwyn decidiu ajudar os moradores, orando para que Valkaria curasse os feridos. Além disso, Gwyn celebrou uma grande cerimônia religiosa na cidade, falando aos moradores sobre a deusa Valkaria (uma deusa quase completamente desconhecida nessa região do mundo), seus princípios e sobre como ela ajudava a todos os que desejam ter uma vida melhor. Com isso, Gwyn conseguiu levantar a moral do vilarejo consideravelmente, e lhe reacendeu a fé nos deuses. O clérigo também começou a converter o altar abandonado em um altar para Valkaria.

Enquanto isso, Arthur conversava com os moradores em busca de pistas ou rumores sobre a Flecha de Fogo. Um dos moradores, um homem bastante idoso, convidou-o para ir até sua casa, e disse que lá revelaria detalhes sobre o paradeiro da Flecha de Fogo. Intrigado, Arthur seguiu esse homem até a casa dele. A casa era quase que completamente forrada com mapas e esboços de mapas de quase todas as regiões de Lamnor. O elfo perguntou ao homem sobre os mapas e ele disse à Arthur que era ele mesmo que os confeccionava e contou que seu objetivo era conseguir mapear todos as vilas e locais interessantes – ou perigosos – de Lamnor. O velho por fim disse que a Flecha de Fogo era a Tanyantalaria, a princesa élfica raptada por Throw Ironfist antes do ataque à cidade élfica. O velho entregou à Arthur um de seus mapas que continha a localização da fortaleza goblin onde Tanyantalaria estava aprisionada.


6. Traição e Morte

Impossibilitados de falar com o líder da vila, já que este não se encontrava lá no momento, os heróis decidem procurar a mulher que havia desaparecido há dois dias. Lilienora os guiou para fora do vilarejo, dando várias e várias voltas pela floresta para que os heróis não fossem capazes de decorar o caminho. Uma vez distantes do vilarejo, Lilienora contou-lhes que a mulher fora visitar o vilarejo vizinho, que era localizado nas ruínas de uma antiga cidade humana, destruída pela Aliança Negra. Providos da localização dos destroços da cidade, os heróis se despendem de Lilienora e começam a sua viagem até as ruínas.

A viagem foi breve, não demorando mais do que umas poucas horas. A cidade já havia sido destruída há bastante tempo, e a floresta já começara a engoli-la, sendo muito difícil precisar os limites originais entre a civilização e o selvagem. Quase não existiam construções inteiras, com exceção de um grande prédio localizado no que parecia ser o centro da cidade. A paisagem era completamente desesperadora: destroços e ossadas humanas mutiladas podiam ser encontrados em quase todo lugar. A cidade emanava uma áurea sinistra, como se milhares de vidas tivessem sido violentamente perdidas dentro de suas muralhas já decadentes e cheia de limo.

Procurando nos destroços por pistas da mulher desaparecida ou do vilarejo escondido, nossos heróis encontraram uma trilha fresca. Uma trilha fresca de corpos semi-devorados e sangue recém derramado. Seguindo esta trilha eles acabaram encontrando uma entrada para os esgotos da cidade, escondida por entre os escombros de construções tombadas.

Dentro dos esgotos puderam presenciar o resultado de uma carnificina. Dezenas de corpos de homens, mulheres, elfos e alguns de hobgoblins, destroçados. Os esgotos, pintados de vermelho sangue, havia sido palco de uma batalhe injusta, em que uma unidade de hobgoblins bem treinada assinou toda uma vila da resistência escondida. Os moradores, provavelmente surpreendidos pelo ataque, ainda tentaram resistir, mas não foram páreos para os hobglobins. Entre os corpos, Arthur encontrou um cujas poucas informações que ainda eram possíveis inferir sobre sua aparência em vida batiam com a da mulher desaparecida. Além disso, o ventre do cadáver fora rasgado, e que parecia um feto humano em desenvolvimento podia ser visto entre suas entranhas sem vida.

Revoltados com a visão, os heróis decidem encontrar os hobgoblins responsáveis pelo massacre e trazer justiça aos moradores brutalmente assassinados. Gwyn orou pelas almas dos mortos antes de deixarem os esgotos, em seguida Brutos e Morluck tentaram rastrear os goblins, acabando por encontrar um acampamento improvisado nas regiões mais periferias da cidade em ruínas. Invisível, Arthur se aproximou do acampamento e conseguiu ouvir os monstros conversando, enquanto se preparava para realizar um ataque surpresa. Brutos se posicionou para colocar-se entre os inimigos e seus aliados, juntamente com Murlock. Kahlan improvisou algumas armadilhas para prender e atrasar os goblins e também se escondeu atrás de alguns destroços para poder pegá-los de surpresa. Gwyn pediu por proteção e força para ele e seus aliados à Valkaria.

No pouco que Arthur conseguiu discernir da linguagem bestial dos monstros, eles se gabavam do ressente massacre e comentavam que já estavam se preparando para o próximo, tudo isso graças aos mapas que lhes foram entregues e que revelavam a localização de algumas vilas da resistência. Quando disseram que não estavam tendo tanta diversão assim desde a queda de Lenórienn, Arthur não agüentou manter-se escondido e disparou uma Bola de Fogo nos monstros!

A batalha começou, com os monstros perseguiam o mago que corria até onde seus companheiros haviam preparado a embosca. Assim que avistaram os goblins, Brutos e Murlock investiram contra os hobgoblins, derrubando alguns deles com suas poderosas armas. Dos que continuaram seguindo Arthur, muitos caíram na armadilha preparada por Kahlan, os demais foram detidos pelas espadas de Gwyn e Kahlan, que atacaram os hobgoblins protegendo seu companheiro mago.

Enquanto os hobgoblins caiam aos montes pelo machado de Brutos e pela espada de Murlock, Gwyn, abençoado por Valkaria, descarregava toda a irá divina sobre os monstros. Kahlan atacava os hobgoblins por trás, arrancando os corações dos monstros sem-coração com sua espada curta. Arthur, agora novamente seguro, disparava rajadas arcanas e dizimava as feras sem piedade.

Quando sobrara apenas um hobgoblin de todo o batalhão, o Kahlan pegou-o pelo pescoço e, intimidando-o com sua adaga e asas de demônio à mostra, lhe interrogou sobre onde haviam conseguido os mapas. O monstro, totalmente aterrorizado com a visão da sulfure, revelou que um homem velho os havia entregado o mapa, e que os mapas estavam todos guardados no acampamento dos monstros na cidade. Kahlan, antes de matar o hobgoblin enfiando-lhe sua espada curta, olhou para Gwyn, que normalmente se opunha a mortes desnecessárias. Porém, após presenciar a carnificina realizada pelos hobgoblins, o Aggelus não se apiedou pelo monstro.

Procurando pelos destroços, os heróis encontraram uma barraca onde havia vários mapas do que pareciam ser vilas da resistência escondidas, incluindo um mapa para a vila Twyier, que por estar aberto, provavelmente seria o próximo destino dos monstros. Arthur tratou de vaporizar totalmente o acampamento para que não sobrasse nenhum vestígio dos mapas e trilharam o caminho de volta a Twyier, para contar o triste destino do vilarejo vizinho.


7. Caçada ao Traidor


Os heróis voltaram até onde Lilienora os havia deixado. Gwyn e Kahlan puderam notar que a elfa estava surpresa por vê-los vivos. Também notaram que ela não se surpreendera totalmente com o assassinado do acampamento vizinho. Lilienora guiou novamente os heróis até a vila de Twyier. No caminho, Arthur contou a seus companheiros sobre o homem velho que criava mapas em Twyier, e eles decidiram visitar o homem, pois desconfiavam ele era o fornecedor de mapas à Aliança Negra.

Chegando à Twyier, os heróis vão correndo até a casa de velho, guiados por Arthur, porem não o encontram. Kahlan arromba a porta e os heróis descobrem que os mapas e pertences do velho haviam desaparecido. Gwyn pergunta aos transeuntes sobre o velho e descobre que ele partirá do vilarejo mais cedo, levando consigo todas as suas coisas.

Os heróis também descobrem que o líder do vilarejo, um humano chamado Silas, havia retornado e vão até ele para relatar sobre o ocorrido com a vila vizinha e sobre os mapas. Silas convoca os caçadores locais e pede para que encontrem o cartógrafo e o tragam até o vilarejo, usando a força se preciso. Lilienora se dispõe a realizar a tarefa sozinha, alegando ser a melhor rastreadora e dizendo que os demais caçadores deveriam ficar para proteger a vila no caso de um possível ataque hobgoblin. Trocando olhares com seus companheiros, Kahlan decide seguir a elfa por desconfiar de suas intenções.

Gwyn e Arthur perguntam à Silas sobre o templo que vieram buscar em Lamnor. Silas diz não saber quase nada o templo, porém tem certeza que os elfos mais antigos de Arantir devem saber alguma coisa. Os heróis pedem a localização de Arantir, porém Silas diz que não lhes revelaria se não confiasse plenamente nas intenções dos heróis, pois a localização de Arantir era mantida em segredo absoluto. Gwyn pergunta à Silas como poderiam conseguir sua confiança e ele lhes conta a história da Fortaleza de Dhorlantur.

Essa fortaleza era localizada na cidade próxima à vila de Twyier (a mesma cidade onde os heróis haviam enfrentado os hobgoblins), e fora um foco de resistência humana durante a invasão da Aliança Negra. Durante alguns anos, a fortaleza havia rechaçado centenas de ataques dos goblinóides, até que suas reservas de comida se esgotaram e todos os soldados morreram de fome. Sabendo disso, os goblins tentaram invadir a fortaleza, porém foram dizimados pelos fantasmas dos soldados, que ainda permaneciam guardando o local depois de suas mortes. Ciente das diversas baixas, o próprio Thowr Ironfist desistiu de conquistar a fortaleza, que permanece inviolável até hoje.

O motivo de tanta resistência e proteção existente em Dhorlantur, segundo Silas, era um poderoso item mágico lá abrigado. Silas disse aos heróis que esse item mágico, conhecido como Palantir, se fosse real, poderia ser de extrema utilidade para a resistência. Se os heróis conseguissem trazer a Palantir até Silas, ganhariam a confiança dele e seriam levados até Alantir por um guia.

Arthur, Gwyn, Murlock e Brutos resolvem ir até Dhorlantur e obter a Palantir, deixando o vilarejo de Twyier para trás, porém não sem antes contar o trágico destino da mulher desaparecida à seu marido. O homem, ao invés de triste, ficou aliado por saber que os heróis haviam trazido justiça aos assassinos de sua esposa, e os agradeceu.

Enquanto isso, Kahlan seguia Lilienora pela floresta, utilizando toda a sua habilidade para não ser percebida. Após vagarem por algumas horas na floresta, elas chegam até o que parecia ser um acampamento. Lá estava o velho cartógrafo. Lilienora conta ao velho sobre tudo que os heróis haviam feito e descoberto a respeito dos mapas. O velho, rindo freneticamente, diz que não esperava que seus planos fossem arruinados, porém ele não iria desistir, e em breve entregaria novos mapas à Aliança Negra.

Kahlan, ainda escondida, permaneceu no acampamento até anoitecer e, enquanto Lilienora dormia e o velho ficava de vigia sob a luz de uma tímida fogueira, atacou o velho com um golpe rápido e silencioso, matando-o sem fazer nenhum ruído. Kahlan se preparava para matar Lilenora da mesma forma, porém um tiro de pistola ao longe fez a elfa acordar. Vendo a assassina sobre si, Lilienora salta e consegue evitar o ataque de Kahlan, correndo desesperadamente para fugir da assassina.

O disparo fora dado por Elizabeth Swann, a capitã do Selako Negro. Elizabeth enconta Kahlan e conta à assassina que seguira rastros deixados pelos bugbears que haviam atacado seu porto e encontrara o acampamento escondido. O disparo de Elizabeth fora contra o homem velho, que já havia sido morto por Kahlan, mas ainda permanecia na posição de vigia, enganando Elizabeth. Kahlan conta à Elizabeth tudo que havia descoberto sobre os mapas, e sobre Lilienora, a elfa traidora. Kahlan e Elizabeth destroem o resto do acampamento e queimam todos os mapas que encontram no local. Em seguida, Elizabeth começa a seguir os rastros deixados por Lilienora em sua fuga.

Depois de perderem a noite toda seguindo os rastros deixados por Lilienora; Elizabeth e Kahlan chegam à um acampamento muito maior, fora da floresta, onde um grupo de goblins estava alojado. Kahlan pode ver Lilienora negociando mapas com as criaturas, que pareciam muito dispostas a aceitar o acordo proposto pela elfa. Elizabeth vira que um dos goblins estava utilizando uma pistola que pertencia à seu arsenal particular, guardado em seu porto secreto. Transtornada com a ousadia do goblin, Elizabeth estoura a cabeça do monstro, e uma grande batalha começa!

Os goblins investem contra Elizabeth, porém poucos deles conseguem chegar até a pirata, que começa a atirar freneticamente nos monstros. Quando finalmente se aproximam bastante, Elizabeth saca seu sabre e começa a decapitar os monstros impiedosamente. Enquanto isso, Kahlan se esgueira até Lilienora, matando alguns goblins no caminho com sua espada. Quando chega finalmente na elfa, Kahlan a ataca com sua espada, ferindo-a mortalmente. A sulfure pega todos os mapas e se prepara para desferir o golpe final na traidora, porém é obrigada a desviar sua atenção aos goblins que começam a atacá-la.

Mesmo fracos, os goblins eram numerosos, obrigando as heroínas a lutarem juntas. Uma de costas para a outra, Kahlan e Elizabeth fizeram em pedaços todos os goblins que se aproximaram, terminando por exterminar todos os monstros do acampamento. Entretanto, Lilienora utilizou-se do caos da batalha para conseguir fugir sem deixar rastros, impossibilitando que as heroínas a rastreassem.

Depois de destruir os últimos mapas, Kahlan decide voltar a Twyier, contar aos moradores sobre Lillienora. Elizabeth, recuperando a pistola que pertencia a seu tesouro, decide acompanhar Kahlan para poder viajar por Lamnor, o continente amaldiçoado, em busca do restante de seu tesouro, roubado pela Aliança Negra no ataque à seu porto secreto.


8. A Fortaleza de Dhorlantur


Arthur, Gwyn, Brutos e Murlock voltaram à cidade em ruínas. Não fora difícil encontrar a Fortaleza de Dhorlantur, pois era o único edifício ainda inteiro em meio aos destroços localizado no centro da cidade que eles haviam visto em sua primeira visita às ruinas. De perto, a Fortaleza parecia ainda mais tenebrosa. Dentro de suas muralhas, era possível ver uma enorme quantidade de ossadas de goblins e alguns humanos, provavelmente os soldados mortos em combate de ambos os exércitos durante os ataques à Fortaleza.

Gwyn orou por proteção à Valkaria e os heróis entraram na tenebrosa Fortaleza. A porta da frente – uma enorme e grossa estrutura de madeira – estava arrombada, facilitando a entrada dos heróis na construção. A primeira sala, o hall de entrada, era uma grande sala comunal, onde os soldados viviam, treinavam, lutavam e dormiam. Muitas ossadas de soldados humanos, todas portanto armaduras e armas de quando ainda eram vivos estavam dispostos em posição de guarda, como se ainda estivessem protegendo a Fortaleza contra a entrada de invasores. Mais de 100 desses soldados se levantoaram e começaram a atacar os heróis, assim que estes estavam todos dentro da sala.

Formando uma pequena roda, com Arthur no centro, Gwyn, Brutos e Murlock começaram a enfrentar os soldados esqueléticos. As armas de Brutos e Murlock, que em condições normais não seriam eficientes para ferir as caveiras, foram abençoadas por Gwyn e derrubavam as caveiras com uma facilidade assombrosa. Arthur despejava seus poderosos raios arcanos nas caveiras mais distantes, que atacam com seus arcos. Gwyn, voando, atacava as caveiras com sua espada abençoada reduzindo-as em pó.

Mesmo poderosos, os heróis estavam cercados pelas caveiras infindáveis, que começavam a vencer suas defesas. Gwyn emana uma onda de energia positiva, que cura as poucas feridas de seus companheiros e queima todas as caveiras em volta. Brutos, aproveitando o espaço liberado pelas caveiras queimadas pela energia radiante do clérigo, investe contra um grupo de caveiras que se aproxima. O anão entra em posição defensiva e, inabalável, começa a girar seu machado para todos os lados, destruindo várias caveiras com um único golpe. Arthur procura uma posição melhor no hall para poder disparar suas mais poderosas magias, sendo escoltado por Murlock que varre todas as caveiras no caminho do mago.

Arthur encontra o ponto ideal para lançar suas Bolas de Fogo nas caveiras que, juntamente com as ondas de Energia Positiva emanadas por Gwyn, terminam de varrer todo o batalhão esquelético que protegia a Fortaleza.

Os heróis partem para a segunda sala da Fortaleza, aparentemente uma sala de reunião onde os assuntos mais vitais eram debatidos. Lá, vários espectros translúcidos falavam de problemas que os acometiam enquanto ainda eram vivos. O cozinheiro da Fortaleza dizia que os soldados deveriam comer menos, pois os estoques de alimentos estavam baixos; o capitão estava preocupado porque perdera o contato com todas as outras fortalezas da região; um homem trajando roubes que mesmo translúcidos brilhavam dizia que a fortaleza não podia ser tomada de forma alguma, pois lá era guardado um poderoso item mágico.

Mesmo em seus delirias, quando os fantasmas viram os heróis, os atacaram violentamente. Quase invulneráveis aos ataques das espadas de Brutos, Gwyn e Murlock; Arthur e seus relâmpagos os eliminaram. Muito feridos da batalha, os heróis foram curados pelo restante das emanações de energia positiva de Gwyn e eles continuaram procurando por pistas sobre a Palantir.

Os heróis encontraram uma porta que provavelmente era uma passagem secreta, porém devia ter sido encontrada por goblins que haviam chegado ali primeiro. A porta dava para um corredor repleto de armadilhas, onde os goblins que haviam descoberto a passagem secreta foram detidos há vários anos atrás. Tomando cuidado redobrado para não ativarem nenhuma armadilha restante, os heróis atravessaram o corredor e chegaram numa grande sala, onde haviam dois golens de pedra e um altar de Khalmyr, o deus de justiça, com uma esfera acinzentada: a Palantir.

Brutos, o único dos presentes que era devoto de Khalmyr, se aproximou do altar e pegou a pedra, enquanto seus aliados já se preparavam para enfrentar os golens, caso esses resolvessem atacar o anão. Felizmente, os gigantes de pedra não se moveram quando Brutos removeu a Palantir do altar.

Com a Palantir, os heróis começaram o caminho de volta até Twyier, de onde partiriam para Alantir, a capital da resistência Lamnoriana, onde a tênue esperança de todos os sobreviventes, elfos ou humanos, residia.



O quê deu certo:

Gostei muito das mudanças provocadas na história pelas idéias dos jogadores. Por exemplo, a elfa Lilienora não era uma traidora a principio, porém como os jogadores suspeitaram dela, acabei transformando-a em cúmplice do velho dos mapas. Os golens também eram para atacar incondicionalmente, porém por idéia dos jogadores fiz com que os servos de Khalmyr pudessem pegar a Palantir em segurança.

O quê pode melhorar:

Quando eu joguei a sessão, apenas três dos meus jogadores estavam presentes. Isso certamente comprometeu um pouco a qualidade do jogo, que fica mais divertido quanto tem mais gente. Além disso, depois de escrever esse report, percebi que muuuuuuuuuita coisa aconteceu nessa sessão, talvez tivesse sido mais sensato divid-la em duas partes. Na primeira teríamos a visita à vila e uma exploração da cidade em ruínas mais detalhada (o que seria bem legal!), já na segunda teríamos um Dungeon Crawl da fortaleza, que seria maior e mais bem construída.

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