Session Report referente à segunda parte da sessão jogada dia 19/03/2011.

Curse of Crimson Throme
Edge of Anarchy (Parte 2)

Personagens Jogadores:



Aedran Bromathan (Fael)

Aasimar filho de um respeitado nobre de Korvosa. Seus pais prometeram à Serenrae que ele se tornaria um paladino quando completasse 18 anos. Trabalha na Guarda da Cidade e está em busca de seu irmão mais novo Eran, desaparecido há algumas semanas.

Dac Kien (Otávio)

Monge que quando criança fora raptado por Gaedren Lamm. Acabou sendo torturado por um dos capangas de Gaedren (a personagem Doralice). Conseguiu fugir e buscou abrigo em um monastério. Anos mais tarde volta a Korvosa em busca de vingança e justiça.

Doralice (Mariana)

Ladina humana que passou boa parte de sua infância e adolescência sendo obrigada a torturar crianças a mando de Gaedren. Conseguiu fugir e, depois de vários eventos, vive como mendiga nas ruas de Korvosa. Busca vingança a qualquer preço contra Gaedren.

Garreth Greyfell (Max)

Estudante de magia estrangeiro, Garreth mantinha contanto através de cartas com um amigo que estudava na Academae em Korvosa. Após um longo período sem receber cartas do amigo, Garreth obteve permissão de seu mestre e viajou até Korvosa para investigar o misterioso desaparecimento.

Gregory BrambleBottom (Stephan)

Alquimista humano que, quando criança, teve seus pais mortos por Gaedren. Foi adotado por gnomos que moravam no porto de Korvosa, com quem aprendeu seus troques alquímicos. Hoje adulto, busca trazer justiça ao assassino de sua família.

Liagoo (Zutto)

Monge Tian que nasceu em Korvosa. Tornou-se um dos gatunos a serviço de Gaedren quando criança. Foi resgatado do crime por um monge que o levou para Tian Xi, onde aprendeu sobre a cultura de seu povo. Voltou a Korvosa para deter as práticas hediondas de Gaedren.

Seymour Yevon (Dênis)

Meio-Elfo evocador herdeiro de ricos comerciantes de Alkenstar. Fora injustamente incriminado por assassinato, mas devido à falta de provas acabou inocentado. É mal visto pela alta-sociedade de Korvosa e deseja encontrar o verdadeiro culpado para reaver sua reputação.


Parte 4 – Apertem os cintos que o rei morreu!

Doralice, assustada com a cabeça da varisiana, apanha o Harrow Deck e sai correndo da peixaria, imaginando estar em uma armadilha. Em seu caminho até o beco escuro que chamava de lar, Dora percebe que algo estranho acontecera na cidade.

Korvosa arde. Multidões revoltadas se formam aqui e ali depredando patrimônio público e ateando fogo em casarões desprotegidos. Misturando-se com os populares, Doralice descobre que o motivo da revolta é a morte de Eodred Arabasti II, rei de Korvosa. Com isso, a Rainha Ileosa, sua esposa, acende ao trono carmesim.

A morte de Eodred foi uma surpresa. Mesmo sofrendo de uma doença incurável há alguns meses, o rei ainda estava forte e saudável. Além disso, os habitantes da cidade odeiam a Rainha Ileosa. Nascida em uma família nobre menor em Cheliax e tendo um terço da idade de Eodred quando se casaram, muitos acusam a rainha de usurpadora do trono e gritos de “Rainha Puta” são comuns entre as multidões revoltadas. É sabido que Ileosa considera Korvosa uma mera colônia monótona e distante, o que certamente enfurece ainda mais seus orgulhosos moradores.



Aedran resolve voltar ao templo de Serenrae (onde seus pais se encontram) levando consigo seu irmão Edran e as demais crianças resgatadas de Gaedren. Liagoo e Gregory o acompanham, levaram também Dac Kien, ainda desacordado, para que o monge fosse curado no templo. No caminho os heróis ficam a par da situação da cidade e tentam ao máximo evitar as multidões enfurecidas que encontram no caminho.

Quando finalmente chegam ao templo, Dac Kien é curado por um dos clérigos de Serenrae e, juntamente com Liagoo e Gregory, permanecem no templo o resto da noite, cuidando das crianças resgatadas e evitando que qualquer horda de cidadãos enfurecidos atacasse a igreja (o que não aconteceu).

Enquanto isso, uma breve reunião familiar acontece entre os Bromathan. Lord Valdur Bromathan IV, clérigo de Serenrae e pai de Aedran, abraça seus dois filhos juntamente com sua esposa. Porém, enquanto a família Bromathan comemora, a cidade está caótica e o dever chama por Aedran. O jovem nobre se apresenta ao posto da guarda mais próximo.

Aedran passa a noite inteira correndo pela cidade juntamente com outros guardas tentando restabelecer a ordem. Multidões são dispersadas, pessoas inocentes são salvas e uma enorme batalha entre imps e pseudodragons travada nos céus de Korvosa é apaziguada.



Garreth e Seymour decidem permanecer na velha peixaria para interrogar Gaedren. O velho não oferece muita resistência e revela o que os dois heróis desejam saber. Ele admite ser o responsável pelo assassinato que incriminou Seymour e aceita dizer isso aos guardas da cidade para limpar a reputação do mercador. Ele também revela que matou o amigo com quem Garreth se correspondia. Isso enfureceu o mago, que quis por fim a vida do criminoso, mas foi convencido a mantê-lo vivo por Seymour, que contou a Garreth sobre o terrível destino que aguardava Gaedren na justiça de Korvosa: tortura, aprisionamento por dez anos seguido de morte.

Seymour e Garreth resolvem ir até um posto da guarda para entregar o velho, descobrindo sobre a morte do rei no meio do caminho. Ao chegar ao posto de guarda encontram-no completamente vazio (todos os guardas estão nas ruas, tentando controlar a população). Eles prendem Gaedren em uma das celas e deixam um bilhete para os guardas contanto sobre a situação.

Depois de saírem do posto de guarda, Saymour e Garreth se deparam com uma multidão ameaçando um garoto. Seymour reconhece o garoto como sendo Amin da casa Endrin (uma das casas nobres mais importantes de Korvosa). Garreth intimida a multidão através de um troque de mágica – ele conjura luz sobre um pedra e lança no meio dos populares que, assustados e temendo ser atingidos por uma bola de fogo ou outra magia destrutiva, fogem em desespero.

Seymour se oferece para guiar Amin até ao palácio Endrin, acompanhado por Garreth. As multidões eram mantidas afastados do palácio Endrin pelos guardas particulares da família. Como estavam com Amin, Seymour e Garreth conseguiram passar pelo portão sem grandes dificuldades e entraram no salão principal do palácio. Alguns minutos depois, Lord Endrin entra na sala e os cumprimenta e agradece friamente.

Os heróis perguntam ao nobre se ele sabia alguma coisa a respeito da morte do rei. Ele lhes revela que além do rei, o Castelhão de Korvosa e chefe de Sable Company (o grupo de elite de Korvosa, composto inteiramente por rangers montados em hipogrifos) Neolandus Kalepopolis desaparecera sem deixar rastros.

Deixando o palácio Endrin com a promessa de uma gorda recompensa em Coroas de Platina que deveriam buscar no dia seguinte, os heróis se dirigem até a casa de Seymour, onde o mercador pretendia passar a noite. Entretanto, a casa de Seymour fora uma das incendiadas pela população quando a revolta começou. Uma multidão de pescadores e pessoas simples portando tochas, foices e garfões que ainda se encontrava em frente aos restos do que fora a casa de Seymour foi expulsa por Anima. Enquanto isso, Seymour avaliava os estragos de sua humilde mansão. Sua conclusão: perda total.

Sem opções, Seymour segue com Garreth até a casa onde se encontraram com o fantasma de Zellara mais cedo. A casa estava bem diferente daquela que os heróis viram mais cedo. Ela não era limpa há semanas e teias de aranham prosperavam em todos os cantos. Zellara, em sua forma espectral, já os esperava. Ela os agradece por terem vingado sua morte e feito Gaedren pagar. Ela pede por seu Harrow Deck, porém Seymour e Garreth dizem que as cartas não estão com eles. A fantasma revela que sabe onde seu Deck está e guia os heróis até o beco onde Doralice se encontrava.

A ladina, ainda perturbada com o fantasma, decide ficar com o Harrow Deck, que agora passará a ser assombrado pelo fantasma de Zellara. Uma companhia exótica que seguirá Doralice enquanto ela permanecer com o Harrow Deck.

Parte 5 – Uma rainha de luto.

Os céus de Korvosa amanheceram cinzas devido à fumaça dos incêndios da noite anterior. Graças ao trabalho da Guarda de Korvosa (incluindo Aedran), a cidade experimentava migalhas de paz e boa parte da população fora acalmada e os lideres da revolta presos. Porém ondas de caos, desordem e violência podiam irromper a qualquer momento.

Seymour e Garreth vão até o posto da guarda onde haviam prendido Gaedren. Chegando lá, Seymour é finalmente inocentado das acusações e eles recebem a garantia dos guardas de que a justiça impiedosa de Korvosa cairá sobre Gaedren. Além disso, eles passam no palácio Endrin para pegar a recompensa prometida.

Os heróis acabam se encontrando na igreja de Serenrae. Liagoo, Gregory e Dac Kien já se encontravam lá desde a noite anterior. Aedran regressou para a igreja (que ficava ao lado de sua casa, a mansão Bromathan), depois do expediente na Guarda. Seymour, que sabia onde Aedran morava, guiou Garreth; e Doralice foi impelida pelo fantasma de Zellara, que não a deixava em paz.

Com todos reunidos, Seymour lembra-os sobre o bracelete que haviam resgato e que pertencia à Rainha Ileosa. Os heróis resolvem ir até o Castelo Korvosa entregar o bracelete pessoalmente.

Apesar da segurança reforçada do castelo, eles conseguem entrar sem problemas após mostrar o bracelete a um dos guardas. A rainha os convida para entrar na sala do trono, onde lhes entregaria a recompensa pelo bracelete.

Como todos são obrigados a deixar suas armas para entrarem na sala do trono, Liagoo decide ficar no salão de entrada para não ter que se afastar de sua espada. Uma vez no salão de entrada, os heróis encontram Sabina Merrin, a melhor espadachim de toda Varisia e guarda-costas pessoal da rainha (e as más línguas dizem, também sua amante). Sabina os cumprimenta e pede para que esperarem a chegada da rainha.

Alguns minutos depois a Rainha Ileosa entra na sala e sentá-la no Trono Carmesim, o símbolo de poder máximo de Korvosa. Ela estava totalmente trajada de negro, de luto pela recente morte de seu marido. Assim que Sabina leva o bracelete até a rainha, seus tristonhos olhos brilham de felicidade por alguns instantes antes de tornarem-se cinzas e tristes novamente. Ela agradece aos heróis por terem lhe proporcionado essa pequena felicidade em meio à tamanha tragédia e pede para que Sabina lhes entregue um baú com a recompensa pelo bracelete.

Ileosa também lhes diz que Korvosa está precisando de heróis como eles para lidar com os eventos vindouros. E que a coroa de Korvosa estaria disposta a pagar muito mais ouro aos heróis que ajudassem a restauram a ordem da cidade. Como os heróis pareceram interessados na proposta, a rainha lhes entrega uma carta de recomendação e os manda ir até a Cidadela Volshyenek, a quartel-general da Guarda.

Os heróis seguem até a cidadela. Porém, no meio do caminho, avistam um batalhão de Hell Knights entrando na cidade e sendo recebidos como salvadores. A cidade precisa de ajuda é verdade, e os cavaleiros da igreja de Asmodeus certamente ajudariam a manter a ordem... Porém, há que custo?

Parte 6 – Investigando Verik.

Assim que chegaram à Cidadela Volshyenek, os heróis apresentam a carta de recomendação da rainha e são levados até a sala de comando da cidadela. Uma grande mesa de carvalho, coberta com um mapa de Korvosa repleto de anotações e papeis presos com alfinetes ocupava quase todo o espaço. Sentada à mesa encontrava-se uma bela mulher, que pelas olheiras e aparência de cansaço provavelmente não dormia desde o inicio do tumulto.

Ela se apresentou como sendo Cressida Kroft, a marechal de campo de Korvosa, comandante de toda a Guarda. Cressida conta aos heróis que a Guarda está empenhada em tentar manter a ordem e preservar ao máximo os cidadãos. Graças a isso, muitos dos problemas da cidade normalmente resolvidos pela Guarda estavam sem solução, deixados segundo plano. Cressida diz aos heróis que está disposta a contratá-los como um grupo especial, que realizaria missões e investigações por toda a cidade em nome da Guarda.

Os heróis aceitam a proposta de Cressida, tornando-se membros honorários da Guarda. Aedran, que já fazia parte da Guarda, tem suas atribuições normais suspensas e se junta ao grupo especial com seus companheiros. Antes mesmo de deixarem a sala de comando da Cidadela Volshyenek, Cressida lhes designa sua primeira missão. 

Verik Vancaskerkin, um sargento da Guarda, parou de respeitar as ordens de seus superiores. Juntamente com alguns colegas formou uma espécie de rebelião. Cressida não quer enviar soldados da guarda para investigar e desmantelar a rebelião, pois teme que eles acabem sendo contaminados e se juntem a Verik. Por isso, designou a missão aos heróis. Eles devem desmanchar a rebelião de Verik e, se possível, descobrir seus motivos. Cressida também pede aos heróis que não matem Verik desnecessariamente, pois acredita que, apesar de tudo, Verik é um bom homem.



Nos próximos dias os heróis investigaram Verik, cada um a sua maneira. Aedran usou seus contatos na guarda para encontrar Verik e seus comparsas. Doralice e Dac Kien os espionaram furtivamente. Seymour usou toda a sua rede de contatos para descobrir o que pudesse sobre eles. Enquanto isso, Garreth descobriu que possuía novos poderes místicos e se trancou em um quarto de estalagem para compreender melhor suas novas habilidades. Gregory dedicou seu tempo ao seu negócio, fazendo poções de cura e outros experimentos alquímicos. Liagoo gastou seu tempo isolado, meditando e realizando uma estranha cerimônia com sua espada.
Durante as investigações, Aedran e Doralice encontraram um oficial da guarda caído em uma sarjeta de Korvosa, bêbado. Eles o ajudaram a se levantar e perguntaram o que havia acontecido. Esse disse que seu nome era Grau Soldado e contou sua história aos heróis. Ele estudara esgrima com Sabina Merrin quando ambos eram jovens. Ele se apaixonou por Sabina e chegou a namorar a espadachim por um curto período. Eles haviam brigado e cada um seguiu seu caminho. A talentosa espadachim se tornou a guarda-costas pessoal da rainha Ileosa. Grau, também um habilidoso espadachim, entrou para a Guarda da cidade e avançou rapidamente dentro da hierarquia.

Dias atrás, Grau encontrou Sabina e tentou conversar com ela. A espadachim o ignorou completamente. Isso deixou Grau arrasado e depressivo. O homem se entregou a bebedeira e abandonou suas responsabilidades enquanto via a ordem de Korvosa ruim a sua volta.
Após ouvir a história de Grau, Aedran conseguiu convencê-lo a retomar suas obrigações lhe fazendo um discurso inspirador sobre como Korvosa precisava dele nesse momento crítico. Ao retornar a razão, Grau agradece ao paladino e apresentou-se no posto da Guarda para voltar ao trabalho.



Terminadas as investigações, os heróis se reuniram em uma taverna onde compartilharam os pedaços de informações que conseguiram reunir. Aedran contou a todos que Verik era um guarda exemplar, sempre cumprira suas obrigações com Korvosa e era muito respeitado pelos seus colegas. A maior parte da guarda jamais imaginaria que ele um dia fosse trair a cidade, principalmente em um momento como esse. 

Doralice e Dac Kien contaram aos demais que Verik e seus comparsas estavam operando um açougue clandestino em Old Korvosa chamado “Todas as carnes do mundo”. Além do nome peculiar, esse açougue possuía outra característica incomum: todas as manhãs ele distribuía carne gratuitamente para a população. Uma enorme fila de beliscadores e pedintes se formava em frente ao açougue em busca de alimento – que estava escasso graças ao caos post morten do Rei Eodred. Verik também havia fechado uma das principais pontes que levava até Old Korvosa e impedia que qualquer membro da Guarda passasse. 

A ladina e o monge também trouxeram uma amostra de carne recolhida do “Todas as Carnes do Mundo” para ser analisada por Gregory. O alquimista não conseguiu encontrar nada de estranho na amostra, constatando que era apenas carne bovina. Gregory aproveito a oportunidade e entregou poções de cura feitas a preço de custo para seus companheiros.

Seymour contou a todos que um pequeno carregamento de reserva viva de carne (geralmente na forma de ovelhas ou gado) era entregue no açougue todas as noites. Nenhum dos contatos de Seymour sabia ao certo quem era o responsável pelas entregas, porém suspeitavam que eram enviados pela casa nobre Arkona, a mais influente em Old Korvosa. Além disso, os heróis descobriram que para se juntar à pequena rebelião de Verik, bastava ir até o açougue e pedir o “corte especial da noite”.

Parte 7 – Todas as Carnes do Mundo.

Em posse de todas essas informações, os heróis decidem agir. Seymour e Dac Kien resolvem ir até o açougue e tentar entrar na rebelião no dia seguinte para conseguir mais informações. Ao cair da noite, o monge e o mercador se dirigiram até o açougue disfarçados para não levantarem suspeitas. Chegando lá, foram recebidos de forma hostil pelos brutamontes que guardavam a entrada. Porém, bastou falar que desejam o “corte especial da noite” e a atitude dos brutamontes mudou completamente.

Com um sorriso torto em suas caras cheias de cicatrizes, os guardas convidaram o monge e o mercador para dentro do açougue, onde poderiam conversar com mais privacidade. Os brutamontes revelaram que, além de operarem o açougue, nas horas vagas estavam trabalhando como matadores de aluguel. Seus “clientes” estavam aproveitando o caos na cidade para dar cabo de pessoas indesejadas. Eles recebiam cartas diárias de seus clientes com nomes e endereços das pessoas que deviam morrer. Depois de realizarem o serviço, utilizavam um método bastante discreto – porém perturbador – para se livrarem dos corpos. Os corpos eram esquartejados, temperados e misturados às demais carnes distribuídas pelo açougue.

Perplexos, o monge e o mercador voltaram até a taverna onde seus colegas os aguardavam para contar a terrível novidade. Entretanto, Doralice os havia seguido em segredo e, aproveitando que os guardas do açougue estavam ocupados conversando com Dac Kien e Seymour, a ladina se esgueirou até a parte de trás do açougue e escalou suas paredes até atingir seu telhado feito de palha.

A ladina, tentando ser o mais silenciosa possível, abre um buraco no telhado e espia o interior do açougue. Ela observa um grupo de homens levemente bêbados jogando cartas. Depois de algum tempo, um dos homens se retira para um dos aposentos na parte superior do açougue. Ele usava o traje da guarda e, como tinha um alojamento individual diferentemente dos demais homens, Doralice supôs que ele fosse o próprio Verik. O restante dos homens continuou a jogar cartas por quase uma hora, tempo suficiente até terem certeza que Verik havia adormecido. Depois disso os homens foram trabalhar no açougue, desossando os cadáveres dos animais e preparando a carne que seria distribuída na manhã seguinte. Entre os corpos inertes de bois e ovelhas, Doralice avistou corpos humanos. Corpos humanos frescos.

Ao observar àquela cena doentia, a ladina decide por um fim nessa atrocidade. Ela arrastou-se furtivamente até o aposente onde Verik se encontrava. Novamente, abriu um pequeno buraco no telhado e, silenciosa como um gato, entrou. Dormindo em uma cama de palha encostada em uma das paredes do aposente se encontrava Verik, ao lado estavam suas parcas posses: seu uniforme e armadura da Guarda de Korvosa e sua espada longa. Também havia uma mesa, abarrotada de papeis. Um dos papeis estava preso a mesa com por uma belíssima adaga de prata.

Doralice apanha a adaga para si e decide matar Verik enquanto o ex-guarda dormia. A ladina se aproxima com sua adaga em punho, pronta para desferir um golpe mortal. Porém acaba enroscando-se no carpete do quarto, fazendo barulho. Assustado, Verik acorda, pega sua espada e avança sobre a Doralice, perguntando quem ela era e o que estava fazendo ali.

A ladina tenta enganar Verik dizendo que viera alertá-lo de traição. Verik rebate, dizendo que “ela jamais o trairia”. Doralice pergunta se ele acha correto o que ele está fazendo. Verik diz que não está fazendo mal a ninguém, afinal, as pessoas precisam comer e era difícil encontrar carne com a cidade nesta situação. A ladina enfim comenta sobre a carne humana. Tal insinuação fez a fisionomia de Verik mudar completamente. Antes bravo e pronto para matar Doralice, Verik agora estava espantado e confuso.

Aproveitando a brecha, Doralice conta sobre os corpos humanos que estão agora mesmo sendo preparados. Verik decide ver com seus próprios olhos e, ao observar tamanha atrocidade, pega sua espada e, com fúria nos olhos, parte pra cima de seus próprios comparsas.
Depois de dez minutos ao som de gritos, insultos e golpes de espada, Verik volta à seu quarto, todo ensangüentado e mancado. Ele agradece à Doralice por ter aberto seus olhos e promete que pela manhã irá se entregar a guarda.

Doralice chega à taverna quando os demais heróis estavam discutindo como iriam invadir o açougue e conta sobre o ocorrido. Na manhã seguinte os heróis recebem um mensageiro de Cressida agradecendo pelos serviços prestados. Verik havia se entregado como prometera, e o “Todas as carnes do mundo” fora fechado.

2 comentários:

O mago foi o personagem mais inútil nessa aventura. Ganhou xp e dinheiro sem fazer nada =P

Essa quest do açougue foi resolvida da maneira menos esperada possível por jogadores de D&D.

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